Prémio Calouste Gulbenkian para a Humanidade

Isabel Mota anuncia a criação de Prémio no valor de 1M€, entregue anualmente a partir de 2020
Prémio Calouste Gulbenkian para a Humanidade
19 jul 2019

No ano em que se comemoram os 150 anos do nascimento de Calouste Sarkis Gulbenkian, a presidente da Fundação, Isabel Mota, anunciou a criação de um novo prémio: o Prémio Calouste Gulbenkian para a Humanidade.

No valor de 1 milhão de euros, o novo Prémio será entregue anualmente a partir de 2020. Com ele, a Fundação pretende incentivar o surgimento de novas ideias, que contribuam para a melhoria do futuro da Humanidade.

Na sua primeira edição, em 2020, o Prémio será dedicado às Alterações Climáticas, considerado o maior desafio que a humanidade enfrenta e aquele onde a ação é mais urgente.

A criação deste Prémio surge na senda de uma decisão histórica da Fundação, uma decisão que enquanto rompe com o passado, aposta no futuro: a do desinvestimento no petróleo e no gás e o reforço do apoio a soluções que mitiguem os efeitos das alterações climáticas, acompanhando, aliás, o movimento internacional seguido por outras fundações. O Prémio Calouste Gulbenkian para a Humanidade vem pois reforçar o alinhamento da Fundação Calouste Gulbenkian com a nova agenda mundial e um forte sentido de futuro.

Este Prémio conta com o apoio do secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que tem feito desta causa um alerta mundial.

 

Mensagem enviada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres

As alterações climáticas constituem uma ameaça existencial que a humanidade enfrenta neste século.

Devido à ação humana, a temperatura média global já aumentou 1 grau Celsius relativamente aos níveis pré-industriais, provocando fenómenos climáticos extremos, a subida do nível médio do mar e a redução do gelo no Ártico, entre outras mudanças.

Se quisermos precaver os riscos de consequências irreversíveis no planeta e nas nossas sociedades resultantes das alterações climáticas, temos de fazer um esforço coletivo para que a temperatura média global não aumente mais do que 1,5 graus Celsius até ao final do século.

Esse esforço exige o empenho de todos: 

  • Dos governos é esperado que definam políticas públicas conducentes à neutralidade carbónica;
  • Das empresas é esperada inovação ambiental e climática;
  • Dos cidadãos é esperado que ajustem os seus comportamentos;
  • E das organizações filantrópicas é esperado que alavanquem mudanças concretas de alto impacto que frequentemente não estão ao alcance de governos, empresas e cidadãos.

Congratulo assim a Fundação Calouste Gulbenkian por instituir o novo Prémio Gulbenkian para a Humanidade, que em 2020 será dedicado às alterações climáticas.

Será sem dúvida um importante contributo para fazer face ao enorme desafio das alterações climáticas e que se insere nos esforços globais de promoção da agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

 

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