Prémio Gulbenkian Património – Maria Tereza e Vasco Vilalva vai para o Funchal
O projeto de Conservação e Restauro dos Tetos Mudéjares da Sé do Funchal, promovido pela Paróquia da Sé do Funchal, é o grande vencedor da 14ª edição do Prémio Gulbenkian Património – Maria Tereza e Vasco Vilalva.
De entre as dezanove candidaturas submetidas, o júri do Prémio (constituído por António Lamas, Raquel Henriques da Silva, Gonçalo Byrne, Luís Ribeiro, Santiago Macias e Rui Vieira Nery) decidiu, por unanimidade, distinguir o projeto de Conservação e Restauro dos Tetos Mudéjares da Sé do Funchal.
O Júri distingue assim a “exemplaridade da intervenção”, sublinhando a sua “relevância patrimonial, artística e social”. Ainda de acordo com o Júri, “o trabalho de conservação e restauro efetuado no âmbito desta recuperação prolonga a arte mudéjar no tempo.”
A arte mudéjar da ilha da Madeira inscreve-se numa tradição que mergulha as suas raízes na arte islâmica andaluza e que teve ampla difusão peninsular. “A sofisticação das laçarias em madeira”, tipicamente mudéjar, “está representada em todo o seu esplendor nesta intervenção”.
O projeto de recuperação abrangeu uma área de cerca de 1500 metros quadrados, no qual colaboraram 36 especialistas de várias nacionalidades, cujo trabalho conjunto possibilitou não só a descodificação do modus operandi dos artesãos, como também o estudo dos materiais e a adequada forma de os recuperar.
O Júri deliberou ainda, por unanimidade, atribuir duas menções honrosas:
O Prémio Gulbenkian Património – Maria Tereza e Vasco Vilalva, no valor de 50 mil euros, foi criado em 2007 e distingue anualmente um projeto de excelência na área da conservação, recuperação, valorização ou divulgação do património cultural português, imóvel ou móvel.