Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para Plantu e Eduardo Lourenço
Eduardo Lourenço, ensaísta e filósofo português, e Jean Plantureux, conhecido como Plantu, famoso cartoonista do jornal francês Le Monde, são os dois vencedores ex aequo da edição de 2016 do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural. O Presidente da República entregará o prémio a ambos, numa sessão que terá lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, dia 10 de outubro, às 18h30.
Nessa ocasião, será inaugurada uma exposição de desenhos de Plantu que propõe ao público português uma releitura original do seu trabalho, tendo por fio condutor as temáticas que lhe são caras: a liberdade de expressão, a situação em torno da bacia mediterrânica – que considera ser o principal nó do velho continente -, os direitos das mulheres, o desejo de Europa, a necessidade de preservar o meio ambiente e a esperança que se desenha segundo uma visão otimista, convencido de que, perante extremistas e fanáticos, a Cultura será sempre mais forte.
O Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural homenageia Eduardo Lourenço, especialista da alma e do imaginário português, memória viva da cultura portuguesa de que é um dos maiores historiadores e um dos seus criadores mais fecundos, e com obra traduzida numa dezena de línguas, e distingue também Plantu pelo seu contributo, através do desenho, da ironia e da emoção, para a promoção dos valores europeus, da tolerância e da paz.
Instituído em 2013 pelo Centro Nacional de Cultura, em cooperação com a Europa Nostra, a principal organização europeia de defesa do património que o CNC representa em Portugal, e com o Clube Português de Imprensa, este prémio distingue contribuições excecionais para a proteção e divulgação do património cultural e dos ideais europeus. Conta com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, do Ministério da Cultura, do Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Turismo de Portugal.
O Júri do Prémio foi constituído por Maria Calado (Centro Nacional de Cultura), Francisco Pinto Balsemão (Grupo Impresa), Guilherme d´Oliveira Martins (Fundação Calouste Gulbenkian), João David Nunes (Clube Português de Imprensa), Irina Subotic, Piet Jaspaert, José María Ballester, Marianne Ytterdal (Europa Nostra).
Este Prémio recorda a jornalista portuguesa, escritora, ativista cultural e política, e a sua notável contribuição para a divulgação do património cultural e dos ideais europeus. É atribuído anualmente a um cidadão europeu cuja carreira se tenha distinguido pela difusão, defesa, e promoção do património cultural da Europa, quer através de obras literárias e artísticas, quer através de reportagens, artigos, crónicas, fotografias, documentários, filmes de ficção e programas de rádio e/ou televisão. O escritor italiano Claudio Magris foi o primeiro laureado deste prémio europeu, em 2013, seguiu-se-lhe o Prémio Nobel da Literatura Orhan Pamuk, em 2014, e o músico e maestro catalão Jordi Savall em 2015.