Portugal em Flagrante
Um importante conjunto de obras de pintura da Coleção Moderna do Museu Calouste Gulbenkian estará em exposição, a partir do dia 18 deste mês, na segunda parte da mostra Portugal em Flagrante.
A primeira parte desta exposição (Operação 1), inaugurada este verão, reúne livros, fotografias, gravuras e desenhos da coleção no piso inferior do edifício da Coleção Moderna, oferecendo uma introdução à história da arte e da cultura de Portugal do século XX.
A Operação 2 vai mostrar obras fundamentais de artistas como Amadeo de Souza-Cardoso, Almada Negreiros, Mário Eloy, Eduardo Viana, Mário Cesariny, Maria Helena Vieira da Silva, Paula Rego, Lourdes de Castro, António Areal, António Dacosta, Álvaro Lapa, Julião Sarmento, Gil Heitor Cortesão, João Louro e Isabel Simões, entre muitos outros.
A apresentação é cronológica e dá ênfase a alguns dos momentos marcantes da história da arte portuguesa. Estarão em foco as primeiras três décadas do século XX a partir da Exposição dos Independentes, uma mostra organizada pela Sociedade Nacional de Belas Artes, em 1930, que reuniu trabalhos das novas gerações de artista. Seguem-se exemplos das diversas experiências surrealistas, bem como da nova figuração e abstração da década de 1960. São também destacadas as propostas da década de 1970, bem como o impacto da exposição Alternativa Zero, organizada por Ernesto de Sousa na Galeria Nacional de Arte Moderna em Lisboa. Nesta progressão cronológica será ainda recordada a exposição internacional Diálogo, realizada na Fundação Gulbenkian, e os eufóricos anos da década de 1980. Por fim, estará representada a última década do século xx e o primeiro decénio do século XXI.
A exposição testemunha ainda o impulso que levou os artistas portugueses a sair do país, com bolsas frequentemente atribuídas pela Fundação Calouste Gulbenkian, em direção aos grandes centros artísticos, primeiro Paris, mais tarde Londres, e finalmente Berlim e Nova Iorque. A pintura dos séculos XX e XXI surge enquadrada no contexto alargado dessa permanente migração e intersecção cultural.
Em fevereiro de 2017, uma terceira parte (operação 3) completará esta apresentação da Coleção Moderna com um conjunto igualmente significativo de trabalhos em escultura, instalação, entre outros suportes.
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