Patrimónios: recursos para políticas de desenvolvimento
O património material, a sua preservação e estratégias de desenvolvimento sustentado nos PALOP foi o foco do curso “Patrimónios: recursos para políticas de desenvolvimento” que a Fundação Calouste Gulbenkian desenvolveu, com a coordenação científica do projeto Patrimónios de Influência Portuguesa da Universidade de Coimbra, para 12 técnicos e agentes culturais com responsabilidade sobre o património no domínio da definição e implementação de estratégicas nos PALOP.
Ao longo de duas semanas, os formandos participaram em sessões teóricas e práticas na Fundação Calouste Gulbenkian com docentes e investigadores do projeto da Universidade de Coimbra, que desenvolveram em conjunto o projeto que pretendem que venha a ser implementado nos seus países. O curso foi ainda intercalado com visitas de estudo a museus, centros interpretativos e espaços expositivos de norte a sul do país, que serviram como exemplos que poderão ser adaptados aos diferentes contextos e regiões de onde os formandos proveem.
Arrissis Mudender foi um dos participantes do curso. Natural de Moçambique, é responsável na Direção Nacional das indústrias criativas que pertence ao Ministério da Cultura e Turismo e trouxe o tema das cidades criativas como agenda de desenvolvimento e motor de dinamização das cidades.
Para Arrissis Munderer, a ideia é trabalhar o conceito de cidades criativas em Moçambique que, apesar do enorme interesse nesta área, não tem uma agenda estruturada nem políticas concertadas. Devido à maior autonomia e liberdade de intervenção, Arrissis considera que esta deverá ser uma estratégia a aplicar nas agendas locais dos municípios mais especificamente em Maputo, Beira e Ilha de Moçambique, de modo a abarcar todo o país. Este conceito tem como objetivo constituir um diferencial nas cidades e regiões e traduz-se na promoção do património edificado bem como do património imaterial, como são os festivais e as feiras.