Orquestra Gulbenkian em digressão no Mediterrâneo
A Orquestra Gulbenkian vai participar, pela primeira vez, numa digressão por mar promovida por um dos mais respeitados centros de ensino musical europeus, a Queen Elisabeth Music Chapel. Este cruzeiro musical, pelo Sul de Espanha, realiza-se entre 9 a 15 de setembro, e inclui concertos diários, a bordo e em terra, realizados pelos músicos em residência ou por solistas e formações convidadas, como é o caso da Orquestra Gulbenkian, que tocará três vezes a bordo e dará dois espetáculos em terra, em Sevilha (Patio de la Montería del Real Alcázar), e na ilha de Minorca (Teatre Principal de Maó).
Esta iniciativa, que junta o prazer da música ao prazer da viagem e da descoberta, reúne jovens solistas em residência – cantores, pianistas, violinistas, violoncelistas e também músicos de câmara – que proporcionam, ao longo de uma semana, ensaios, encontros e master classes abertos a todos os viajantes.
Alguns dos mestres do corpo docente da Queen Elisabeth Music Chapel como Maria João Pires, José van Dam, Augustin Dumay, Miguel da Silva e Gary Hoffman atuam durante o cruzeiro, assim como solistas convidados, entre os quais o pianista Piotr Anderszewski. Numa das atuações previstas, Maria João Pires vai tocar o concerto para piano nº4 de Beethoven com a Orquestra Gulbenkian.
Este ano, a Queen Elisabeth Musical Voyage tem início em Lisboa, com um concerto a realizar hoje no Grande Auditório da Fundação pela Orquestra Gulbenkian, dirigida pelo maestro Hervé Niquet. O programa, que integra a temporada da Gulbenkian Música, é inteiramente dedicado a Mendelssohn (As Hébridas, Salmo 42 e A Primeira Noite de Walpurgis) e conta com o Coro da Rádio Flamenga e os cantores Anne-Catherine Gillet, Denzil Delaere, Leon Kosavic e Bertrand Duby. Logo a seguir ao concerto a Orquestra Gulbenkian parte no cruzeiro para um momento inédito da sua história.
A Queen Elisabeth Music Chapel foi criada na Bélgica, em 1939, com o objetivo de apoiar jovens talentos através de um centro musical de excelência. Atualmente dispõe de seis mestres em residência e vários professores permanentes ou convidados que trabalham com cerca de seis dezenas de jovens talentos vindos de todo o mundo. Tal como a Fundação Gulbenkian, a Queen Elisabeth Music Chapel integra a ENOA, uma rede de cooperação europeia no domínio da ópera, do ensino da música e da formação.