Manuais e guias para 1.º ciclo do ensino básico na Guiné-Bissau

A Guiné-Bissau iniciou esta semana a entrega dos primeiros manuais escolares, para alunos do 1.º ao 4.º ano, e os correspondentes guias para professores, elaborados no âmbito da Reforma curricular do 1.º ciclo do ensino básico.
02 out 2024

O projeto RECEB – Reforma curricular do ensino básico da Guiné-Bissau teve início em 2016 e contou com a coordenação do INDE- Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação. Para o 1.º ciclo, incluiu a elaboração de programas/orientações programáticas, de cadernos de atividades/manuais escolares, para o aluno, e de guias, para o professor, num total de 34 cadernos/manuais e guias. Foram ainda produzidas 200 áudio-aulas para apoiar o ensino de Língua portuguesa e da Matemática, no 1.º e nos 2.º anos.  Todos estes materiais estão também disponíveis numa aplicação digital que funciona offline, em tablets que serão entregues aos professores.

Entre 2022 e 2024, decorreram sessões de formação para perto de 60 professores/formadores avançados e 3 mil professores de ensino básico (1.º ao 4.º ano) nas cinco regiões da Guiné-Bissau onde o projeto foi desenvolvido a título experimental: setor autónomo de Bissau; Cacheu; Bafatá; Quinara; Oio.

Em 2024/25, a Reforma Curricular do 1.º ciclo (1.º ao 4.º ano), será alargada a todo o país, estando já agendada a formação para os professores das regiões que só agora entrarão no projeto.

O objetivo geral do projeto RECEB é prestar assistência técnica ao INDE no processo de desenvolvimento e implementação do novo currículo do 1.º ciclo do ensino básico e na formação dos professores, para melhorar os seus conhecimentos científicos e as suas competências pedagógicas.

Com esta iniciativa, pretende-se melhorar as questões relativas à literacia e numeracia dos alunos do 1.º ciclo, contribuindo para melhorar a qualidade da educação facultada às crianças guineenses.

Para a concretização da primeira fase do projeto, do 1.º ao 4.º ano, o Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação da Guiné-Bissau contou com o financiamento da UNICEF no início e, mais tarde, do Banco Mundial, no âmbito do projeto “Quality Education for All”, a parceria e o cofinanciamento da Fundação Calouste Gulbenkian e a assistência técnica da Universidade do Minho. 

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