Mais de 100 mil doses de vacinas administradas

Em seis meses, 50 carrinhas percorreram quase 130 mil quilómetros. Iniciativa “Gulbenkian onde é preciso” terá contribuído para evitar 1.406 mortes por COVID-19.
©Márcia Lessa
08 out 2021

A50 unidades móveis de vacinação disponibilizadas pela Fundação Calouste Gulbenkian ao Ministério da Saúde, como forma de apoiar o Plano de Vacinação contra a COVID-19, regressaram à Fundação. Fica assim concluído o projeto “Gulbenkian onde é Preciso”, que possibilitou que cinco dezenas de viaturas ligeiras e carrinhas levassem a vacina às populações mais vulneráveis, limitadas na sua capacidade de deslocação e com menor acesso às Unidades de Saúde.  

No conjunto do projeto, que decorreu entre março e setembro, foram administradas 102.488 doses de vacinas ao longo de um percurso de 124.938 quilómetros percorridos pelas 50 unidades móveis. Durante este período, foram efetuadas ações de vacinação em 172 dias nas 5 Administrações Regionais de Saúde, tendo envolvido 30 Agrupamentos de Centros de Saúde que cobrem 5.903.314 utentes (57% da população).  

A vacinação abrangeu 12,5% de pessoas que reúnem as condições de acamados, 87,3% de população em geral e 0,2% de população prisional. Estiveram envolvidos 3.012 profissionais de saúde, entre os quais 946 médicos, 1.711 enfermeiros e 355 assistentes operacionais.  

Em suma, foram vacinados mais de 50 mil cidadãos, entre os quais pelo menos 6 mil acamados e vulneráveis de elevado risco para desenvolver a doença COVID-19 e morte.  

Estima-se que a iniciativa “Gulbenkian onde é Preciso” possa ter contribuído para evitar 1.406 mortes e 2.124 internamentos relacionados com Covid-19.  

“A vocação da Fundação Calouste Gulbenkian tem sido, desde o seu início, a de estar próxima dos mais vulneráveis. Depois de, no início da pandemia, em 2020, termos lançado um Fundo de Emergência de 5 milhões de euros, tentámos com esta iniciativa ‘Gulbenkian onde é Preciso’ ajudar as autoridades de saúde e a Task Force a chegar àqueles que têm mais dificuldade em aceder aos circuitos normais de vacinação. Porque para vencermos o desafio da pandemia de COVID 19, todos temos um papel a desempenhar”, considera Isabel Mota, presidente da Fundação Gulbenkian. 

Esta parceria com o Ministério da Saúde permitiu à Fundação Calouste Gulbenkian dar continuidade ao seu legado na área da vacinação. Recorde-se que, já em 1965, a Fundação financiava o primeiro plano de vacinação realizado a nível nacional, adquirindo vacinas contra a poliomielite, a difteria, o tétano e a tosse convulsa e permitindo vacinar, a título de exemplo, 3 milhões de crianças contra a poliomielite nesse mesmo ano. Em resultado desse plano, Portugal tornou-se num dos primeiros países a erradicar a poliomielite. Tanto ontem como hoje, a Gulbenkian está onde é preciso.

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