Liberdade e direito de voto: o melhor do 25 de Abril

Estudo de opinião realizado pelo CESOP revela que mulheres e nascidos depois de 1974 são os que valorizam mais a revolução dos cravos.
24 mar 2022

A um mês do 48º aniversário daquele que para Sophia de Mello Breyner foi um “dia inicial inteiro e limpo/Onde emergimos da noite e do silêncio/E livres habitamos a substância do tempo”, o Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica realizou, para a Fundação Mário Soares – Maria Barroso e para a Fundação Calouste Gulbenkian, um estudo de opinião que procurou medir a importância atribuída à Revolução de 25 de Abril de 1974; identificar os seus principais contributos e as opiniões relacionadas com a comemoração da data.

Três quartos dos inquiridos consideram a Revolução de 25 de abril de 1974 “muito importante” para a sociedade portuguesa, sendo as mulheres e os inquiridos com idades compreendidas entre os 25 e os 44 anos (nascidos já em democracia) os mais convictos da sua relevância.

As percentagens decrescem quando é pedido para caracterizar “a importância da Revolução de 25 de abril de 1974 para si individualmente”, com apenas 61% a considerarem o acontecimento “muito importante”.

De entre uma lista de 14 temas, o direito de voto, a liberdade de expressão e a liberdade são vistos como os maiores contributos do 25 de abril (tanto a nível individual, como para a sociedade portuguesa). Tidos como contributos menos importantes (numa lista que contempla temas como os direitos das mulheres, a UE ou as condições sociais e laborais) surgem a Justiça, a descolonização e as Forças Armadas.

Muito importante para 63% dos inquiridos, o feriado deve continuar a ser comemorado porque é importante, antes de mais, “valorizar os princípios da Liberdade e da Democracia” e “celebrar e preservar os valores e as conquistas da Revolução de Abril”, mas também porque é relevante “passar os testemunhos às gerações futuras”.

As comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974 começaram simbolicamente a 23 de março de 2022, dia em que se começam a contabilizar mais dias vividos em democracia do que em ditadura. As comemorações, que só terminam em abril de 2024, são vistas como muito importantes para seis em cada dez inquiridos.

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