Jazz em Agosto 2017
Este ano, a 34.ª edição do Jazz em Agosto começa em julho, no dia 28, e termina a 6 de agosto com um conjunto de propostas relevantes do jazz contemporâneo internacional, apresentadas por músicos de ambos os lados do Atlântico.
O saxofonista Steve Lehman abre o festival, no dia 28 de julho, com Sélébéyone, uma proposta que junta as linguagens do jazz e do hip-hop e que conta com a participação dos rappers HPrizm (Antipop Consortium) e Gaston Bandimic (do Senegal), marcando desde logo o tom de contaminação musical que caracteriza o festival. Tendo como prioridade refletir as mudanças de linguagem do jazz atual e a sua componente multidirecional, esta edição do Jazz em Agosto evidencia um campo vasto de contágios não só nos géneros e nas linguagens que se transformam, com o rap, o hip-hop, a música eletrónica, o rock ou o folk a fundirem-se com o jazz clássico, mas também na pluralidade de músicos que ultrapassam barreiras geográficas e que trabalham em conjunto diferentes influências e direções, forjando novas associações e novas maneiras de pensar o jazz.
A este alinhamento seguem-se dois guitarristas inovadores e pontos de referência incontornáveis: o norte-americano David Torn no projeto Sun of Goldfinger, secundado por Tim Berne e Chess Smith (29 de julho); e o músico francês Julien Desprez, como membro da Coax Orchestra (30 de julho).
Dos concertos no Anfiteatro ao Ar Livre, que se realizam sempre às 21h30, destacam-se ainda o duo Peter Brötzmann & Heather Leigh (31 de julho) e a trompetista portuguesa Susana Santos Silva com o seu “quinteto escandinavo” (formado ainda por Lotte Anker, Sten Sandell, Torbjörn Zetterberg e Jon Fält) (1 de agosto). Os dias 2 e 3 de agosto são marcados por atuações de dois quartetos, mestres da improvisação livre: o Sudo Quartet (Carlos Zíngaro, Joëlle Léandre, Sebi Tramontana e Paul Lovens) e os Starlite Motel (Kristoffer Berre Alberts, Ingebrigt Håker Flaten, Gard Nilssen e Jamie Saft), respetivamente.
No dia 4 de agosto atuam no Anfiteatro os The Fictive Five, o grupo dirigido por Larry Ochs (que inclui Ken Filiano, Nate Wooley e Harris Eisenstadt) cuja música busca inspiração nas obras de William Kentridge, Wim Wenders e Kelly Reichardt. No sábado, dia 5, segue-se o grupo Human Feel, composto por Andrew D’Angelo, Chris Speed, Jim Black e Kurt Rosenwinkel. O concerto de encerramento do festival (6 de agosto), um dos pontos altos da programação, fica a cargo de Dave Douglas com o projeto High Risk, acompanhado por Jonathan Maron, Mark Guiliana e Shigeto, numa abordagem pioneira ao jazz eletrónico.
O espaço do Museu – Coleção Moderna terá também duas atuações, pelas 18h30, de Steve Lehman a solo (29 de julho) e dos portugueses Pedro Sousa e Pedro Lopes, com EITR (5 de agosto). Por fim, o Auditório 2 será palco para as performances a solo de Julien Desprez (30 de julho) e de Pascal Niggenkemper (4 de agosto).
Os bilhetes para o festival têm preços entre os 12 e os 20 euros, sendo possível adquirir um “passe anfiteatro” válido para todos os espetáculos no Anfiteatro ao Ar Livre por 100 euros, ou ainda um passe para os concertos do primeiro fim de semana (29, 30 e 31 de julho) ou do segundo (4, 5 e 6 de agosto) a 35 euros cada. Os concertos no Museu – Coleção Moderna e no Auditório 2 têm entrada gratuita.
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