Hannu Lintu vai ser o Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian
Atual Maestro Principal da Ópera e Ballet Nacionais da Finlândia, Hannu Lintu (n.1967) tem-se apresentado regularmente na Gulbenkian Música nos últimos anos, dirigindo a Orquestra Gulbenkian em cerca de duas dezenas de concertos, com o aplauso geral do público e da crítica. Esta temporada esteve à frente da Orquestra na estreia em Portugal do Concerto para Piano e Orquestra de Thomas Adès, num programa que incluiu A Canção da Terra de Gustav Mahler. Em maio do próximo ano voltará a apresentar-se com a Orquestra Gulbenkian num programa dedicado a Dmitri Chostakovitch.
Risto Nieminen, diretor da Gulbenkian Música, afirma tratar-se de “um maestro de grande nível que estabeleceu uma relação de grande cumplicidade com a Orquestra Gulbenkian, desde que se estreou no Grande Auditório da Fundação em março de 2016. As atuações da Orquestra sob a batuta de Hannu Lintu atingiram um grande brilhantismo pelo que estou certo de que esta contratação dará início a um novo ciclo entusiasmante e promissor”.
Sobre a sua nomeação, Hannu Lintu afirma: “Tenho trabalhado e atuado com a Orquestra Gulbenkian há já vários anos e cada concerto tem constituído uma imensa alegria. A atmosfera e a concentração são admiráveis e a música produzida é sempre gratificante. O Grande Auditório, e a Fundação Calouste Gulbenkian como um todo, oferecem um contexto único e inspirador para a música e para a arte. Aguardo com expectativa muitas temporadas repletas de momentos altos com os maravilhosos Coro e Orquestra Gulbenkian”.
Hannu Lintu assumiu o cargo de Maestro Principal da Ópera e Ballet Nacionais da Finlândia após ter cumprido oito anos como Maestro Principal da Orquestra Sinfónica da Rádio Finlandesa.
Com a Ópera e Ballet Nacionais da Finlândia tem-se destacado no reportório operático, dirigindo produções de Tristão e Isolda de Wagner em 2016, Kullervo de Sibelius em 2017, Wozzeck de Berg em 2019 e Ariadne auf Naxos de Richard Strauss em 2020. Na temporada passada somou novos sucessos com as óperas Salomé de R. Strauss e Billy Budd de Britten e esta temporada está a dirigir o ciclo O Anel do Nibelungo de Richard Wagner.
No que toca à sua agenda internacional, Hannu Lintu vai estrear-se, esta temporada, a dirigir a Orquestra Filarmónica de Nova Iorque e a Sinfónica de Atlanta, tendo também concertos previstos com a Sinfónica de St. Louis, a Sinfónica da BBC, a Filarmónica da Rádio Neerlandesa, a Sinfónica da Rádio Sueca, a Orquestra do Konzerthaus de Berlim, a Orquestra de Câmara de Lausanne e a Sinfónica de Montreal.
Hannu Lintu realizou várias gravações para as editoras Ondine, Bis, Naxos, Avie e Hyperion e recebeu vários prémios, incluindo dois ICMA para os Concertos para Violino de Béla Bartók, com Christian Tetzlaff (2019), e para a gravação de obras de Sibelius, com Anne Sofie von Otter (2018). Em 2021 foram nomeadas para os Grammy, na categoria “Melhor Performance Orquestral”, as Sinfonias n.º 2 e n.º 3 de Lutosławski. Em 2011 foi também nomeada para um Grammy, na categoria de “Melhor CD de Ópera”, a gravação de Kaivos, de Einojuhani Rautavaara. As gravações da Sinfonia n.º 2 de George Enescu, com a Filarmónica de Tampere, e dos Concertos para Violino de J. Sibelius e de T. Adès, com Augustin Hadelich e a Royal Liverpool Philharmonic Orchestra, foram nomeadas para os prémios Gramophone.
Hannu Lintu estudou violoncelo e piano na Academia Sibelius, em Helsínquia, instituição onde mais tarde se formou em direção de orquestra com Jorma Panula. Estudou também com Myung-Whun Chung na Accademia Musicale Chigiana, em Siena. Em 1994 venceu o Concurso Nórdico de Direção de Orquestra, em Bergen.