Gulbenkian apoia primeiro ventilador pulmonar português
O projeto Atena está a desenvolver, com a comunidade médica e científica, um modelo de ventilador mecânico invasivo concebido para salvar a vida de quem entra em falência respiratória aguda. O CEiiA-Centro de Engenharia e Desenvolvimento do Produto garante que o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian (no valor de 250 mil euros), da EDP, da La Caixa/BPI e da REN – as primeiras entidades a juntarem-se ao projeto – vai permitir que, já em maio, possam estar disponíveis 100 unidades deste ventilador nos hospitais portugueses.
“O envolvimento destas quatro entidades foi determinante para reforçar a nossa capacidade de resposta no desenvolvimento destas primeiras 100 unidades. Temos consciência de que se trata de uma meta ambiciosa mas temos um desafio maior pela frente, o valor da vida, e para isso é necessário que existam nos hospitais os ventiladores necessários para que não seja necessário fazer escolhas em função da idade”, explica José Rui Felizardo, CEO do CEiiA-Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto.
Este projeto resulta de três semanas de trabalho conjunto entre engenheiros do CEiiA, médicos e especialistas de hospitais públicos e privados do Norte e do Sul do país e a Escola de Medicina da Universidade do Minho para o desenvolvimento de meios e equipamentos considerados decisivos no combate à doença.
O desafio coletivo de criar e produzir um ventilador pulmonar decorre da recomendação da Organização Mundial de Saúde para responder a esta emergência sem precedentes. Segundo os números avançados pela OMS, 14% dos infetados com Covid-19 têm pneumonia e 5% dos doentes evoluem para um estado muito crítico dos pulmões.