Exposição dedicada a Eça ganha menção honrosa
A exposição Tudo o que tenho no saco. Eça e “Os Maias” foi distinguida com uma Menção Honrosa pelo júri do Prémio Grémio Literário. A escolha do júri baseou-se no facto de a exposição ter revelado “um elevado sentido pedagógico e uma grande qualidade na apresentação da obra de Eça de Queirós num conjunto nunca antes reunido que valoriza o melhor conhecimento do século XIX português.”
Patente na Fundação Calouste Gulbenkian entre 30 de novembro de 2018 e 18 de fevereiro de 2019, a exposição comissariada por Isabel Pires de Lima teve como eixo central Os Maias, romance que comemorava 130 anos de publicação e no qual Eça de Queirós disse ter posto tudo o que tinha no saco. Na mostra foram postas depois a gravitar, à sua volta, outras obras do autor – crónicas, romances, contos e muitas cartas –, mas também fotografias, pinturas (de Paula Rego, por exemplo), caricaturas (de João Abel Manta ou Raphael Bordallo Pinheiro), gravura (de Roque Gameiro e Bernardo Marques, entre outros), música da época e excertos de filmes (de Manoel de Oliveira e João Botelho) relacionados com Eça e a sua obra, bem como objetos do seu espólio pessoal guardados na Casa de Tormes (propriedade da Fundação Eça de Queiroz) nunca antes mostrados em Lisboa. A exposição, organizada em colaboração com a Fundação Eça de Queiroz, teve ainda uma vasta programação paralela.
O Prémio Grémio Literário distingue anualmente “obras culturais originais, de autores portugueses, realizadas ou publicadas em primeira edição ou produzidas no decurso do ano civil anterior, nos domínios das letras, das artes e das ciências. São consideradas obras de criação literária (poesia, ficção ou teatro), artística (exposição, realização plástica, musical, teatral ou cinematográfica) ou ensaística (sobre literatura, artes visuais ou musicais, história, política, sociedade, economia e ciências).”