Dia Calouste Gulbenkian
No dia 20 de julho, às 18h30, no Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação, realiza-se a cerimónia de entrega do Prémio Calouste Gulbenkian 2016, seguida por um concerto da Orquestra Gulbenkian, dirigida por Pedro Neves, com o pianista Mário Laginha. Do programa fazem parte o Concerto para piano e orquestra, composto por Mário Laginha e estreado no Festival Internacional de Música do Algarve, e a Sinfonia n.º 5, em Dó menor, op. 67 de Beethoven.
Este será o culminar das celebrações do 60.º aniversário da Fundação, as quais se iniciaram a 23 de junho com a programação do Jardim de Verão: novas exposições, concertos, sessões de cinema e workshops nos jardins Gulbenkian, entre outros eventos.
O Jardim de Verão termina a 3 julho, no Anfiteatro ao Ar Livre, com o concerto de Anoushka Shankar, figura singular no universo da música clássica indiana e da world music. Nesta ocasião apresenta o seu último álbum Land of Gold, inspirado pelas imagens dos refugiados que têm marcado a paisagem mediática na atualidade. No mesmo dia, realizam-se no Jardim as últimas sessões de leitura para crianças e para jovens. Na Sala Polivalente ouvem-se Canções de Intervenção, com Mariana Abrunheiro (voz) e Ruben Alves (piano), a partir de obras de José Afonso, Carlos Paredes, José Mário Branco, Sérgio Godinho e Fausto, entre outros.
Prémio Calouste Gulbenkian
Criado em 2012 para distinguir pessoas ou instituições, nacionais ou internacionais, que se tenham destacado na defesa dos valores essenciais da condição humana, o Prémio Calouste Gulbenkian, no valor de 250 mil euros, veio substituir os cinco prémios Gulbenkian atribuídos entre 2007 e 2011 nas áreas dos Direitos Humanos e Ambiente, da Arte, Ciência, Beneficência e Educação. Para a edição deste ano do Prémio Calouste Gulbenkian foram recebidas 85 nomeações, provenientes de vários países.
No ano passado, o Prémio distinguiu o trabalho exemplar de Denis Mukwege, o médico congolês que tem dedicado a sua vida a operar e a reconstituir mulheres e crianças vítimas de violação e mutilação na República Democrática do Congo, um flagelo infelizmente comum em muitas zonas de conflito e que atinge fortemente aquele país.
No final de junho, o coletivo artístico Les Amazones d’Afrique, composto por várias cantoras e instrumentistas emblemáticas do Mali, lançou uma campanha de angariação de fundos para apoiar o trabalho do Hospital e Fundação Panzi, dirigido por Denis Mukwege em Bukavu. Les Amazones d’Afrique atuaram na Fundação Gulbenkian no dia 23 de junho, no âmbito do Jardim de Verão, e toda a sua digressão europeia, que começou em Lisboa, é dedicada à promoção dos direitos das mulheres.
Na República Democrática do Congo, o projeto de Denis Mukwege já proporcionou assistência médica a mais de 40 mil mulheres e raparigas, das quais cerca de 20 mil foram vítimas de violência sexual. Para além do Prémio Calouste Gulbenkian 2015, Denis Mukwege foi distinguido com o Prémio dos Direitos Humanos das Nações Unidas em 2008 e com o Prémio Sakharov em 2014, além de ter sido nomeado duas vezes para o Prémio Nobel da Paz. A campanha de crowdfunding lançada por Les Amazones de d’Afrique e o retorno obtido com o EP I Play the Kora contribuirão para financiar cirurgias ginecológicas reconstrutivas e para facilitar a reintegração social das vítimas.
Campanha crowdfunding – Generosity.com