Fundação retoma apoio a novos criadores

Selecionados 31 projetos que serão apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian no âmbito do Concurso de Apoio à Criação na área da Dança, do Cinema e do Teatro.
05 ago 2019

Das 149 candidaturas apresentadas ao Concurso de Apoio à Criação, foram selecionadas nove na área da Dança, dez na área do Cinema e 12 do Teatro.

Já foram selecionados os 31 projetos (nove na área da Dança, dez na área do Cinema e 12 do Teatro) que serão apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian no âmbito do Concurso de Apoio à Criação nestas três áreas criativas.

No processo de seleção deste concurso – realizado em formato de concurso único anual – foi dada prioridade a criadores em início de carreira ou que se encontrem a desbravar um novo eixo de intervenção no seu percurso artístico, bem como a criadores no exercício de abordagens artísticas consideradas inovadoras. Assim, de entre as 149 candidaturas apresentadas, o Júri selecionou 31 projetos, entre os quais se destacam:

 

No Cinema:

Diogo Salgado, com Uma Noite No Paul (curta- metragem)
Licenciado em Cinema pela Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) no ramo de Imagem.
Uma Noite No Paul é a primeira curta-metragem.
Sinopse: Quando Pedro se esconde no paul onde costumam brincar, Luís desiste do jogo e vai embora. À noite, quando regressa para procurar o amigo, fica preso nas águas lamacentas. O cansaço da noite germina-lhe o sonho: Pedro reaparece junto dele, mas não o ajuda.

Tomás Paula Marques, com Cabra Cega (curta- metragem).
Licenciado em Cinema pela Escola Superior de Teatro e Cinema.
Sinopse:  Gabi acredita na sua capacidade de agir perante momentos de injustiça. Enquanto se prepara para as provas de aptidão da Faculdade de Desporto, Gabi descobre que o irmão vive assombrado pela violência que sofre na escola e decide tentar vingá-lo. No entanto, por não compreender a estratégia certa para o fazer, acaba por piorar a situação. Assim, sentindo-se incapaz de ser uma agente de mudança, o medo que o irmão sente começa a contaminá-la e Gabi apercebe-se, pela primeira vez, da sua vulnerabilidade.

 

Na Dança:

Carlos Azeredo Mesquita, com I know it when I see it
Esta performance de Carlos Azeredo Mesquita e Luísa Saraiva aborda o papel do bullshit (treta) como condição necessária para imaginar, descrever e apresentar trabalho artístico. Questiona o papel do bullshit na prática da dança e explora as dimensões do bullshitting: deturpação, bluff, engano, nonsense. Com este espetáculo, Carlos Azeredo Mesquita tem a oportunidade de se afirmar como criador emergente, integrando-se na cena da dança nacional.

Sara Anjo, com Embodied Oracle
O projeto de Sara Anjo e Teresa Silva explora o corpo enquanto oráculo, considerando-o lugar de conhecimento e de revelação. Fazendo do palco um laboratório sensorial, convida o público a uma experiência duracional, participativa e lúdica. Propõem-se práticas de meditação e movimento, rituais de degustação de “bolos da sorte”, jogos com baralhos de cartas desenhadas pelos participantes e processos de leitura e interpretação que colocam a atenção no corpo, na forma como cada um vê e se relaciona com o mundo.

 

No Teatro:

Teatro do Silencio – Associação, com Religião e Moral
Projeto de criação de uma palestra-performance aliada ao teatro. Um formato híbrido que permite criar uma relação mais direta com o público, uma vez que os performers interpelam diretamente o espectador, ao mesmo tempo que o formato em si, apresenta uma componente de reflexão teórica, de questionamento, sobre a possível perda de identidade nas sociedades atuais como um fenómeno consequente da diminuição do impacto religioso nas nossas vidas.

Associação Cultural Rabbit Hole, com Triple Bill
Performance dividida em três partes. Reflete sobre o percurso individual e artístico de três membros de uma estrutura e coletivo dedicada à experimentação e ao cruzamento de linguagens artísticas. João Estevens investiga o teatro enquanto ferramenta de criação textual comparativa entre a sua história/memória individual e a história/memória coletiva de um país (Portugal); Mafalda Miranda Jacinto constrói uma caixa dentro da caixa do aparato teatral, através da qual explora a utopia da honestidade; e Mariana Nobre Vieira foca-se no espaço do backstage associado ao teatro e a festas enquanto local de partilha de emoções, memórias e vontades futuras.

 

Parceira tradicional da produção criativa nacional, a Fundação tem, ao longo dos anos, imprimido uma diferença assinalável no panorama da produção do Cinema, da Dança e do Teatro, contribuindo para o desenvolvimento da criação emergente, para a fixação de criadores na cena artística nacional e para o reconhecimento do mérito de artistas estabelecidos em fase estruturante de novas abordagens. O diálogo estabelecido entre a Fundação e os criadores portugueses tem contribuído para a sustentabilidade da cena artística e constituído uma base criativa disponível para a internacionalização da criação nacional.

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