Conheça os nomeados para o Salavisa European Dance Award

Estão escolhidos os “finalistas” para o prémio que distingue artistas que, em todo o mundo, demonstrem talento ou qualidades especiais na área da dança.
12 abr 2024

A marroquina Bouchra Ouizguen, a portuguesa Catarina Miranda, a franco-argelina Dalila Belaza, a anglo-ruandesa Dorothée Munyaneza e o moçambicano Idio Chichava são os cinco artistas nomeados para o Salavisa European Dance Award (SEDA) 2024.

Estes artistas foram selecionados por um Comité de Nomeação, que integra um representante escolhido por cada uma das sete instituições europeias que constituem o SEDA.

Caberá agora ao júri, constituído por três conceituados especialistas de dança independentes – Mette Ingvartsen, Nayse López e Fu Kuen, Tang –, analisar o trabalho dos cinco nomeados e escolher o vencedor, cujo nome será anunciado em novembro numa cerimónia na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

O vencedor do Prémio, no valor de 150.000€, apresentará depois o seu trabalho nos palcos das instituições culturais parceiras.

Os nomeados

Bouchra Ouizguen, bailarina e coreógrafa, vive em Marraquexe, onde se tem empenhado em desenvolver o panorama da dança local. Usa o som, a performance e o vídeo para manifestar as suas preocupações com a sociedade, as artes visuais e a arte popular marroquina. O seu trabalho multidisciplinar tem corrido mundo, sendo apresentado tanto em teatros como em museus.

Catarina Miranda trabalha com linguagens que cruzam o movimento, a cenografia e a luz, abordando o corpo como recetáculo da transformação. Licenciada em Coreografia pelo Instituto Internacional de Coreografia/Centro de Montpellier e em Artes Visuais pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto, tem criado várias peças caracterizadas pela construção de topografias ficcionais.

Dalila Belaza constrói o seu trabalho a partir de uma busca de sentido e de elevação. Materializando  o que é invisível e nos inquieta, trabalha as memórias profundas do corpo, transformando a intimidade num universo a descobrir. Dalila Belaza é artista associada da Briqueterie, o Centro Nacional de Desenvolvimento Coreográfico de Val-de-Marne, em Paris.

Dorothée Munyaneza utiliza a música, o canto, o texto e o movimento para abordar a rutura como uma força dinâmica e criar espaços de ressonância e esperança. Com uma herança cultural muito diversa — viveu no Ruanda, em Londres, Paris e Marselha —, trabalha em diálogo com parceiros que vão dos performers a músicos, passando por uma designer e uma artista visual.

Idio Chichava começou a dançar num grupo de dança tradicional moçambicana em 2000, mergulhou na dança contemporânea no ano seguinte e colabora desde 2005 com a Kubilai Khan Investigations, em França. Em 2012, fundou a companhia Converge+ centrada em performances que juntam o canto e a dança. De regresso a Maputo em 2020, tem criado oficinas, encontros e espetáculos que promovem a descentralização da arte das cidades para as periferias.

Os membros do Júri

Mette Ingvartsen é uma coreógrafa e bailarina dinamarquesa com uma companhia sediada em Bruxelas. O seu trabalho combina a dança e o movimento com outras disciplinas, como as artes visuais, a tecnologia, o desporto, a linguagem e a teoria. Além de atuar, escrever e dar palestras, Mette Ingvartsen é ainda professora.

Nayse López (Brasil), diretora artística do Festival Panorama desde 2005 e curadora convidada noutros projetos, é presença assídua em fóruns diversos, onde aborda temas relacionados com a gestão cultural, a arte e os média. É também professora convidada do projeto de investigação em linha La Escuela e curadora convidada do projeto Forum, da Bienal de Dança de Lyon de 2025.

Fu Kuen, Tang é um curador, produtor e dramaturgo de Singapura que se dedica à performance e às artes visuais contemporâneas. Foi diretor do Teatro Internacional de Bergen e do Festival de Artes de Taipé e curador do Pavilhão de Singapura, que recebeu uma Menção Especial do Júri na 53.ª Bienal de Arte de Veneza. Colaborou com a UNESCO na preservação do património imaterial e com o Centro Regional de Arqueologia e Belas-Artes do Sudeste Asiático, em Banguecoque.

O Comité de Nomeação

É constituído por um representante de cada instituição parceira. Na edição de 2024 fizeram parte do Comité de Nomeação Danjel Anderson (Dansehallerne), Kristien De Coster (KVS), Tiago Guedes (Maison/Biennale da la Danse), Gintare Masteikaite (Joint Adventures), Cristina Planas Leitão (Fundação Calouste Gulbenkian), Rio Rutzinger (ImPulsTanz) e Alistair Spalding (Sadler’s Wells).

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