Conferência Espaço Lusófono
No ano em que se comemoram 40 anos do 25 de abril, o Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina do Instituto Superior de Economia e Gestão de Lisboa organizou na Fundação Calouste Gulbenkian a conferência “Espaço Lusófono”, trajetórias económicas e politicas.
“Lusofonias/Lusotopias”, Angola e o Espaço lusófono e o “Bloco de língua portuguesa: um olhar de fora” foram os temas das conferências em que, ao longo de três dias, investigadores de vários pontos do globo discutiram e refletiram em torno das transformações desencadeadas depois da guerra colonial em África e a consequente internacionalização da economia e democratização política, bem como a independência e subsequentes trajetórias autónomas dos territórios africanos. Ao analisar estas trajetórias, a conferência pretendeu promover o debate em torno de algumas questões fundamentais como se existe um verdadeiro espaço lusófono para lá da representação imaginada de raiz luso tropical, que características e tendências principais, a nível económico, político e social e cultural marcam o relacionamento entre as diversas polaridades deste espaço ao longo das quatro décadas e se a integração no espaço lusófono, regional e global significa exclusão ou complementaridade.
Na sessão de abertura, o Presidente da Fundação Gulbenkian destacou a importância da CPLP, cuja decisão de criação, em 1996, considerou “audaciosa”, face à situação que alguns Estados membros atravessavam à época, e o facto de ser considerada parte de um caminho comum aos países signatários, e não um fim. Artur Santos Silva considera que se deve afirmar a CPLP como “ator relevante na cena internacional”, ator esse que deverá caminhar “da concertação política e diplomática, e da cooperação entre Estados, para uma maior integração económica e mais intensa colaboração entre a sociedade civil e os cidadãos.”
Esta conferência contou com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.