Catálogo do Museu Gulbenkian distinguido pela Academia de Belas-Artes de França
Recentemente publicado pela Fundação, este catálogo, da autoria do reputado especialista e historiador de arte holandês Peter Fuhring, colaborador de longa data do Museu Gulbenkian, conta com 400 páginas profusamente ilustradas e edições em português, francês e inglês.
O Prémio Bernier é entregue hoje em Paris ex aequo com a obra Gaston Chaissac da autoria de Henri-Claude Cousseau, conservador geral do Património de França, publicada pela editora Flammarion.
Atribuído pela Academia de Belas-Artes de França, este prémio distingue anualmente um conjunto de artistas e autores de diferentes áreas como a pintura, escultura, gravura, arquitetura, composição musical, fotografia e livros de arte.
A coleção de ourivesaria francesa do século XVIII do Museu Gulbenkian constitui um conjunto único pela sua diversidade e qualidade, integrando mais de 150 peças, entre as quais várias obras-primas de referência mundial.
O catálogo, agora disponível, apresenta uma seleção das obras mais relevantes desta coleção como centros de mesa, terrinas, saleiros, candelabros e castiçais, realizadas por diversos ourives consagrados, dos quais se destacam François-Thomas Germain, Antoine-Sébastien Durant, Robert-Joseph Auguste ou Martin-Guillaume Biennais.
Estas peças partilham entre si as características que tornam esta coleção única: qualidade e autenticidade, mestria técnica e proveniências ilustres, nomeadamente de membros da aristocracia europeia e da família imperial russa.
A maioria destas obras foi adquirida por Calouste Gulbenkian em Paris, ainda que se destaque um importante conjunto proveniente da coleção do Hermitage, adquirido através de negociações realizadas entre Calouste Gulbenkian e o Governo soviético entre 1928 e 1930.
Após um texto inicial sobre a paixão de Calouste Gulbenkian pela ourivesaria francesa do século XVIII, as peças são apresentadas por ordem cronológica de aquisição, acompanhadas por descrições e análises pormenorizadas, bem como informações detalhadas sobre inscrições, proveniências e fontes históricas e bibliográficas.
O catálogo, com 43 entradas, teve coordenação editorial de Carla Paulino, design a cargo do Panorama Design Studio e fotografia de Catarina Gomes Ferreira. Inclui ainda uma lista de ourivesaria secundária, um índice onomástico e o conjunto de documentação de arquivo e bibliografia consultado. O catálogo está disponível em versão portuguesa, traduzida por Rui Pires Cabral, e em edição inglesa, traduzida por Emma Mandley.
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