Bernardo Santareno
Figura de primeiro plano do teatro português, foi autor de várias peças emblemáticas levadas à cena em diversos palcos do país, desde os anos de 1960, como A Promessa, António Marinheiro, O Pecado de João Agonia, O Duelo, O Judeu ou ainda Português, escritor, 45 anos de idade, o primeiro texto representado depois da queda da ditadura no Teatro Maria Matos, em Lisboa.
Assumindo uma escrita essencialmente de denúncia, atenta à realidade do país e visando uma consciência social, foi perseguido pelo regime salazarista, tendo algumas das suas peças sido proibidas. A obra completa de Bernardo Santareno, organizada e anotada por Luiz Francisco Rebello, foi publicada em quatro volumes entre 1984 e 1987, testemunhando a capacidade do autor de atualizar a tragédia – substituindo os deuses substituídos por normas sociais opressoras. A alguma distância do seu contexto criativo, a obra de Santareno tem sido valorizada por reinterpretações cénicas inovadoras ou inesperadas e por estudos académicos especializados.
A conferência de abertura deste colóquio, intitulada “Bernardo Santareno: Teatro, Utopia, Performatividade” estará a cargo de Susana Moura. Participam também nos trabalhos Paulo Filipe Monteiro, Graeme Pulleyn , Miguel Moreira, Nuno Carinhas, Álvaro Garrido, Ruy Malheiro, José Manuel Mendes, Júlio Gago, José Manuel Vasconcelos, Carina Infante do Carmo, Fernanda Lapa, Vicente Batalha, Carlos Avillez, Luís Castro e Antonino Solmer.
O colóquio encerra com a exibição do documentário “Bernardo Santareno Português, Médico, Escritor” de Luís Filipe Costa.
Esta iniciativa é uma organização conjunta da Fundação Calouste Gulbenkian, Associação Portuguesa de Escritores e Escola de Mulheres – Oficina de Teatro.
Entrada livre.
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