As cartas de amor de Vieira da Silva e Arpad Szènes
O filme documental parte da correspondência entre Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szènes, durante o período em que o casal viveu afastado, entre 1932 e 1961. O realizador João Mário Grilo utiliza as palavras dos artistas e explora-as para refletir a forma como as suas experiências pessoais se articulam com a arte que produziram.
O filme contou com o apoio da Fundação Gulbenkian, nomeadamente na apresentação das obras do espólio do Centro de Arte Moderna.
Filmado em Lisboa, Paris, Lyon, Dijón, Yèvre-le-Châtel e Rio de Janeiro, VIEIRARPAD compõe uma trança audiovisual em que memória, poesia e intimidade procuraram resgatar, na proximidade das imagens, dos sons e da montagem, as paisagens íntimas que a violência do século foi episodicamente dilacerando. A narração é feita em flashback: o filme tem início no cemitério de Yèvre-le-Châtel, junto à sepultura comum de Vieira e Arpad, que entram no filme como seres de outro mundo, convidando-nos a seguir a sua história.
Após a estreia nas salas portuguesas, de norte a sul do país, o filme tem estreia marcada no Brasil, a 9 de junho, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A partir de junho e até outubro, será exibido, no âmbito da Temporada Cultural França-Portugal, no Cinéma Variétés em Marselha. Simultaneamente, no Musée Cantini, será possível visitar uma exposição retrospetiva de Vieira da Silva.
Além da realização, João Mário Grilo assina o argumento em conjunto com Inês Beleza Barreiros, numa produção da Zulfilmes.