Apoiar doentes oncológicos em Moçambique
Até 2016, o Hospital Central de Maputo vai receber apoio para aumentar os cuidados integrados dos doentes oncológicos de Moçambique. Melhorar as condições de rastreio, diagnóstico, tratamento e registo das doenças oncológicas é o objetivo da parceria estabelecida entre a Fundação Calouste Gulbenkian, o Camões – Instituto de Cooperação e da Língua, a Fundação Millenniumbcp e o Millennium BIM no projeto “Atenção integrada ao doente oncológico – reforço da capacidade institucional”.
O projeto contempla a intervenção em sete serviços do Hospital e formação especializada para 75 profissionais de saúde, bem como a aquisição de equipamento complementar ao já existente. O apoio técnico será fornecido por várias entidades portuguesas, nomeadamente: IPATIMUP, Centro Hospitalar de São João do Porto, Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, Hospital Pedro Hispano e Hospital Garcia da Orta.
No arranque do projeto, a 1 de abril, foi assinado um protocolo entre todos os parceiros, na presença dos ministros da Saúde de Portugal e de Moçambique.
A Administradora Isabel Mota acredita que com este protocolo Moçambique dará “mais um passo na criação de estruturas necessárias para fazer face ao problema emergente das doenças oncológicas, consideradas uma prioridade dentro das doenças não transmissíveis”.
O ministro da Saúde moçambicano lembrou as necessidades do país nesta área, já que os recursos têm estado concentrados no “combate às doenças transmissíveis, e agora surgem as doenças não transmissíveis”. Alexandre Manguele diz que a oncologia precisava de uma “injeção de apoios”.
A pensar na saúde como área relevante da estratégia da cooperação portuguesa, a Presidente do Camões, Ana Paula Laborinho, considera que este projeto é um exemplo do que pode ser feito em termos de parcerias, “o único caminho possível para o desenvolvimento”.
Por seu lado, António Monteiro, presidente do Conselho Internacional da Fundação Millenniumbcp, considera que as parcerias e a atuação conjunta entre o Estado e a sociedade civil (como bancos e as fundações), é um catalisador de bem-estar para os países e para as suas populações.
Este projeto vem reforçar a ligação já existente entre o Hospital Central de Maputo e a Fundação Calouste Gulbenkian, que desde 2003 tem vindo a apoiar o fortalecimento de um conjunto de serviços de diagnóstico e internamento do hospital.