Água, uma exposição sem filtro
À frente de um ecrã onde surge uma horta dividida em oito parcelas, dois manípulos permitem acionar as bombas que alimentam o sistema de rega. O desafio parece simples: através do manuseio da bomba, há que dirigir a água até cada parcela. Mas cultivar o campo de forma sustentável, eficiente, pode ser mais complexo do que simplesmente levar água até aos campos. Pode requerer conhecimento das necessidades hídricas de cada planta, a medição dos níveis de humidade do solo e outros saberes que nem sempre são tidos em consideração, quando se está, de facto, com as mãos na terra.
Desafiado a reagir rapidamente a um conjunto alargado de fatores que se vão intrometendo no “trabalho agrícola” do visitante, o jogo termina com informação sobre quais os produtos produzidos de forma mais sustentável e um incentivo para que cada um possa fazer as escolhas mais acertadas, em termos de uso da água.
Este é o desafio que a Fundação Gulbenkian propõe aos visitantes da exposição Água, uma exposição sem filtro, que é composta por três dezenas de módulos e estará patente no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, até setembro de 2022.
Criado com base no estudo O Uso da Água em Portugal, promovido pela Fundação Gulbenkian, este desafio vem não só alertar, de forma lúdica, para a forma como a informação e a tecnologia podem ajudar os agricultores a gerir, de forma mais sustentada, os recursos existentes, mas também chamar a atenção para aquilo que cada um de nós pode fazer, enquanto consumidor, para preservar esse bem escasso que é a água.