Academia britânica distingue médica portuguesa
A médica e investigadora foi reconhecida pelo recente estudo publicado na revista científica The Lancet sobre disfunções no neurodesenvolvimento de crianças. No âmbito do seu doutoramento, Ester Coutinho estuda o papel que os anticorpos das mães podem desempenhar no desenvolvimento cerebral dos fetos, com possíveis consequências a nível de doenças do neurodesenvolvimento das crianças, como deficiências cognitivas, motoras, etc… Os resultados mais recentes revelam que a presença durante a gravidez de anticorpos maternos contra uma proteína envolvida no neurodesenvolvimento aumenta o risco de as mulheres darem à luz crianças com atraso mental. “O prémio é um agradável reconhecimento do valor do nosso trabalho pela Academia de Ciências Médicas britânica, que me deixou a mim e a toda a equipa bastante feliz, e que nos estimula a continuar a fazer investigação nesta área da neuroimunologia”, refere Ester Coutinho.
Atualmente a realizar o seu doutoramento na Universidade de Oxford, Ester Coutinho é aluna da 4.ª e última edição do PFMA que começou em 2011. Este programa de doutoramento destinava-se a médicos que desejavam adquirir uma forte educação científica como base para investigação médica e prática clínica. Este programa foi apoiado pela Fundação Gulbenkian, pela Fundação Champalimaud, pelo Ministério da Saúde e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Os cursos graduados deste programa tiveram lugar no Instituto Gulbenkian de Ciência e em outras instituições científicas nacionais.