A Galáxia Tabucchi
Dizem os dicionários que é um sistema formado por milhares de milhões de estrelas (e outros corpos celestes, ligados entre si por forças gravitacionais). Mas nesta galáxia, tudo andará à volta de uma só estrela: Antonio Tabucchi.
Seis anos após a sua morte, a Fundação Calouste Gulbenkian vai revisitar a sua vida e obra com dois dias de intenso debate, um filme, um documentário, leituras musicadas e ainda uma exposição iconográfica e documental, que pode ser vista durante um mês inteiro.
Começando pelo fim, que será também o início: a exposição Tabucchi e Portugal (de 8 de abril a 7 de maio), feita de manuscritos, documentos, fotografias e outros objetos do acervo familiar do autor, bem como de excertos de entrevistas suas a Maria João Seixas ou Mega Ferreira, pretende mostrar um lado mais pessoal de Tabucchi e da vida que levou no País que o acolheu como a um dos seus.
Às vitrines da exposição junta-se, depois, uma mostra cinematográfica de Tabucchi – primeiro, com a exibição de Se de tudo fica um pouco – no rasto de António Tabucchi (dia 8 de abril no cinema São Jorge, no âmbito da Festa do Cinema Italiano) e depois do filme Requiem, realizado por Alain Tanner, com base na obra a que o autor italiano pôs o mesmo nome (dia 9, na Sala Polivalente da Coleção Moderna).
Mas o que seria destes dias sem a palavra escrita, falada, lida? Durante dois dias (9 e 10 de abril), duas dezenas de estudiosos vindos de todo o mundo vão debater vários aspetos da obra do autor italiano. Será a Galáxia Tabucchi, cuja programação há de acabar com Jorge Silva Melo e Fabrizio Gifuni a ler textos de Tabucchi, ao som da música de Carlos Martins e Carlos Barretto.
O evento é extenso e variado, fazendo dele uma galáxia. Mas estrela, por esses dias, será só uma – de seu nome Antonio, sem acento.
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