A Ciência na Sociedade Atual: novos públicos e novas questões
Como poderão os cientistas dialogar com as sociedades? Este é o mote para uma conferência do Fórum Gulbenkian de Reflexão e Debate, no dia 29 de outubro.
“No século XXI a ciência não é um assunto apenas dos cientistas”, afirma Henrique Leitão, historiador de ciência e comissário da conferência. Numa realidade em que as questões científicas e tecnológicas já ocupam um lugar central em todas as áreas da sociedade (política, ensino, economia, cultura), é necessário pensar o futuro da confluência entre ambas as esferas para que cientistas e sociedades possam dialogar em harmonia.
É este o ponto de partida da conferência A Ciência na Sociedade Atual: Novos Públicos e Novas Questões, que promete refletir e debater o ensino das ciências, a relação entre cientistas e sociedades ou entre a ciência e a cidade e a relação entre as ciências e outras formas de cultura (artes e humanidades).
O especialista em Cosmologia Pedro G. Ferreira, professor de Astrofísica na Universidade de Oxford e diretor do Beecroft Institute for Particle Astrophysics and Cosmology, e um dos convidados da conferência, tomará a teoria da relatividade de Einstein como ponto de pretexto para refletir sobre como “a génese das ideias científicas está emaranhada nos altos e baixos da história social”.
No que toca à realidade portuguesa, que atravessa uma importante reconfiguração do seu sistema de ciência e tecnologia, o debate será lançado por convidados como Carlos Ribas (Bosch Portugal), Pedro Sinogas (Tekever), Paulo Rosado (Outsystems), Arlindo Oliveira (Instituto Superior Técnico), Mónica Bettencourt Dias (Instituto Gulbenkian de Ciência), Maria Mota (Instituto Medicina Molecular UL), José Pedro Serra (Faculdade de Letras UL) e Miguel Abreu (Instituto Superior Técnico). A presidente da Fundação, Isabel Mota, presidirá à sessão de abertura.
A conferência realiza-se no dia 29 de outubro, na Fundação Calouste Gulbenkian e tem entrada livre.