15 novos projetos de arte participativa avançam em todo o país
Os projetos, selecionados de entre 86 candidaturas, cobrem intervenções tão variadas quanto o teatro, a música, a dança, as artes plásticas e o vídeo, com algumas propostas multidisciplinares. Entre os temas abordados, destaca-se a interseção entre as artes, o clima e a sustentabilidade, o envolvimento de participantes diretos como, entre outros, doentes oncológicos e os seus cuidadores, trabalhadores da indústria têxtil, e ainda o reforço de projetos nas áreas da integração de comunidades migrantes (e seus descendentes) em diferentes pontos do país.
Dos 15 projetos selecionados para a fase piloto, 12 desenvolvem-se fora das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, cobrindo novos territórios no âmbito da iniciativa PARTIS & Art for Change, nomeadamente: Abrantes, Aveiro, Beja, Entroncamento, Ílhavo, Lagoa, Miranda do Douro, Ponta Delgada e Povoação. Quanto às entidades que os promovem, 14 são estreantes no quadro desta iniciativa, como as associações “Anda & Fala”, “Hirundo – Associação Para O Pensamento Crítico, Cultura e Desenvolvimento”, “Chamadarte”, “Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural”, “Associação de Moradores do PER 11”, “Paisagem Periférica”, “Associação Rio Neiva”, “DCTR”, “4ISCT – Inovação Social”, “Soma Collective”, “Associação Cultural Casa Invisível”, a “Fundação O Cerro”, o “Faz Cultura”, o “Grupo de Teatro do Oprimido de Lisboa”, às quais se juntam ainda a “Beira Serra”.
Os projetos selecionados terão um apoio de cerca de 30.000€ para o desenvolvimento do ano-piloto (2025), no fim do qual serão selecionados 10 projetos para continuarem atividade por mais 24 meses, num investimento total de até 1,5 milhões de euros em subsídios e ações de capacitação, a partilhar em partes iguais entre a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação “la Caixa”.
Através desta iniciativa, no espaço de nove anos (2020-2028), as duas fundações investem mais de 4,5 milhões de euros em projetos de arte participativa onde artistas profissionais e não profissionais se juntam em processos partilhados de aprendizagem, reflexão e construção de propostas artísticas, desenvolvendo competências individuais e reforçando o sentimento de identidade e de pertença das comunidades. Procura-se assim uma afirmação do território de intervenção deste tipo de projetos, o fomento de uma comunidade de práticas, a produção de conhecimento e documentação no sentido de contribuir para melhores políticas públicas à escala local e nacional.
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