Vanessa Rato
“Portugal em fuga – implicações do PREC e da Reforma Agrária no mapa do património móvel nacional” foi a proposta feita inicialmente. Trata-se de uma investigação, em sete episódios, sobre o esvaziamento patrimonial do país, por altura do PREC e da Reforma Agrária, como consequência do momento político vivido.
A investigação foi publicada no Público.
O mistério das estátuas de jade e outras incógnitas
Série Portugal em Fuga (VII)
Mais de quatro anos após a Revolução, o fenómeno de esvaziamento patrimonial português persistia. Depois das vendas pelas grandes famílias ligadas ao Estado Novo, no Verão Quente de 1975 entravam em cena os portugueses vindos das colónias, alguns com bens importantes — pedras, marfins, madeiras exóticas. Mas, entretanto, expandia-se também a predação internacional sobre um país fragilizado. Nunca
chegaremos a saber tudo o que então saiu.
Público, 22 mar 2020
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A destruição da pintura verde
Série Portugal em Fuga (VI)
É uma história de descida ao Inferno e destruição. Durante o PREC, uma das importantes Pinturas Verdes de Fernando Calhau acabou dada como lixo e deixada numa cave. Apenas a primeira de várias etapas de degradação. Uma narrativa de ruína que duraria 30 anos, até ao reencontro
Público, 15 mar 2020
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O desaparecimento da Virgem gótica
Série Portugal em Fuga (V)
Foram anos exaltantes, mas também demolidores. No Alentejo, com a Reforma Agrária, veio o levantar de um povo do chão. Veio também uma razia de perda. Com a abolição das coutadas, por exemplo, uma voragem carnívora de caçadores apareceu de todos os lados, destruindo por anos a fauna cinegética da região — a imagem-espelho de uma vertigem predatória que drenava igrejas, museus, campos arqueológicos e casas senhoriais, de onde obras de arte de todos os tipos foram escoadas para o mercado internacional. Algumas eram tesouros nacionais.
Público, 8 mar 2020
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O caso da Colecção Vinhas
Série Portugal em Fuga (IV)
Foi um exilado renitente, incrédulo face à perseguição da mesma esquerda à qual antes da Revolução era acusado de pertencer. Manuel Vinhas, um dos grandes industriais do Estado Novo, foi também um dos grandes mecenas das artes portuguesas. Depois veio Abril. Resignou-se a observar o país à distância. Nesse período, a sua colecção desmembrou-se: uma parte ficou escondida num sótão; outra foi vendida; e outra ainda seguiu-o em caixotes, por mar, até Itapuã. Depois voltou.
Público, 1 mar 2020
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O magnífico leilão do PREC em Genebra
Parte 2: Os Palmela
Série Portugal em Fuga (III)
A 27 de Abril de 1976, a Christie’s levantava o martelo sobre uma venda portentosa: Magnificent Silver foi o título do leilão que dispersou pelo mundo algumas das melhores pratas, que estavam na posse de duas famílias: os Espíritos Santos e os Palmelas. Essa venda representou uma das grandes perdas do Portugal dos anos de instabilidade do PREC e da Reforma Agrária.
Público, 16 fev 2020
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O magnífico leilão do PREC em Genebra
Parte 1: Os Espírito Santo
Série Portugal em Fuga (II)
27 de Abril de 1976, a Christie’s levantava o martelo sobre uma venda portentosa: Magnificent Silver foi o título do leilão que dispersou pelo mundo algumas das melhores pratas em colecções portuguesas. Estavam, até então, com duas famílias cujos destinos baloiçaram com a Revolução: os Espírito Santo e os Palmela. Essa venda representou uma das grandes perdas do Portugal dos anos de instabilidade do PREC e da Reforma Agrária.
Público, 9 fev 2020
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O Assalto ao Museu Nacional de Arte Antiga
Série Portugal em Fuga (I)
Uma semana depois do 25 de Abril de 1974, uma pintura desapareceu misteriosamente do mais importante museu nacional. Um escândalo. Mas por pouco tempo. No Portugal pós-revolucionário, o caso foi de imediato esquecido. Ficava, porém, anunciado o doloroso processo de perda patrimonial que o país atravessaria durante o PREC e a Reforma Agrária.
Público, 2 fev 2020
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Bolsas de Investigação Jornalística
Conheça as propostas de investigação dos jornalistas selecionados para as Bolsas Gulbenkian de Investigação Jornalística.
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