Viver bem: o que os clássicos nos ensinam

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Cada sessão junta classicistas, investigadores, atores e historiadores de arte, para uma reflexão sobre 'viver bem’ e ‘viver bem hoje’.

O que significa ‘viver bem’? Que manuais de instruções podemos encontrar na arte e na literatura? Participe, ao longo do dia nos seis encontros em torno de seis temas universais, para os quais uma obra da coleção do Museu, e um excerto de grandes epopeias da Antiguidade, como a Ilíada, a Odisseia e a Argonáutica, são o ponto de partida. 

Dia Internacional dos Museus

Esta atividade está inserida no programa do Dia Internacional dos Museus, nos dias 18 e 19 de maio. Saber mais


Programa

10:30 – 11:30 / A Honra

Os códigos de honra têm mudado ao longo dos tempos. O que é a honra hoje? Um conceito ainda relevante? Ou desnecessário nas sociedades meritocráticas? Na primeira sessão do dia, a ofensa à honra heroica presente n’ ‘A Ilíada’, é o ponto de partida para um debate conjunto sobre este conceito, e a sua relevância nas sociedades contemporâneas.
José Pedro Serra – Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) e Diretor da Biblioteca da FLULMaxence Garde – Museu Calouste Gulbenkian

12:00 – 13:00 / O Luto

A dor, a morte e o luto fazem parte do percurso do herói, na Antiguidade. Nos nossos dias, o debate centra-se sobre a (in)visibilidade da morte, da perda e do luto. Ter-se-ão atenuado os rituais e os tempos do luto? Ainda a partir da ‘Ilíada’, seguimos o último ano da longa guerra entre troianos e gregos, quando os dois lados sofrem perdas amargas que realçam a crueldade do conflito bélico.
Rodrigo Furtado – Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) e Diretor do Centro de Estudos Clássicos da Universidade de LisboaMaxence Garde – Museu Calouste Gulbenkian

14:00 – 15:00 / O Conforto

Na terceira conversa deste ciclo, trocamos a ‘Ilíada’ pela ‘Odisseia’, debatendo o dilema da escolha entre viver com conforto e viver bem. Depois de terminar a guerra de Troia, Ulisses, um dos chefes gregos, passa sete anos numa ilha paradisíaca, na companhia da ninfa Calipso. Calipso oferece-lhe amor, uma vida em tudo aprazível e até a imortalidade – mas tudo isto rejeita Ulisses, preferindo a vida de um comum mortal, em que o sofrimento e o envelhecimento são garantidos. Esta oposição entre a escolha ‘fácil’ do conforto e a escolha ‘difícil’ do desconforto encontra ecos hoje na cultura popular? Ou soubemos matizar essa dualidade, diferenciando entre uma desejada vida difícil e o sofrimento desnecessário?
Carmen Soares – Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Coordenadora Científica do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra, Presidente do Conselho Científico do Institut Européen d’Histoire et des Cultures de l’AlimentationInês Fialho Brandão – Museu Calouste Gulbenkian

15:30 – 16:30 / O Outro

Uma vez regressado a Ítaca, Ulisses não revela a sua identidade de imediato, e sob o aspeto de um mendigo, entra como um hóspede na sua própria casa. A hospitalidade era um dever na Antiguidade, que não devia ser recusado. Como é definido o relacionamento com o Outro nos dias de hoje? De que formas continuamos a acolher o Estranho nos espaços tidos como ‘Nossos’?
Delfim Leão – Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Vice-Reitor da Universidade de Coimbra, Membro do Conselho Científico do Centre Nationale de la Recherche ScientifiqueMaxence Garde – Museu Calouste Gulbenkian

17:30 – 18:30 / A Superação

Nas duas últimas sessões deste encontro, conhecemos Jasão, que reúne um conjunto de jovens gregos que partem em busca de uma pele mágica de um carneiro que estaria nos confins do mundo. Inicialmente confiantes, estes jovens, chamados Argonautas, cedo se debatem com obstáculos e com o desespero, enfrentando desafios que põem à prova o seu otimismo. A liderança, o espírito colaborativo, as decisões coletivas, são abordadas tanto numa perspetiva do passado como nas suas visões contemporâneas.
Ana Alexandra Alves de Sousa – Professora da Faculdade de Letras da Universidade de LisboaInês Fialho Brandão – Museu Calouste Gulbenkian

19:00 – 20:00 / A Democracia

Durante a sua viagem, os Argonautas param numa ilha habitada apenas por mulheres. A sua entrada na ilha resulta de uma estratégia política previamente discutida e aprovada pelas mulheres da cidade, em assembleia – num exemplo de governação democrática. Também Jasão, o herói deste poema, é tolerante com a discordância de opinião, e apela à participação de todos no momento de tomar decisões, reforçando o compromisso que cada um sente com a missão. Um herói fraco ou um verdadeiro estratega? Que consequências pode ter a recusa na participação de uma modelo democrático?
José Pacheco PereiraAdriana Nogueira – Professora da Universidade do AlgarveDelfim LeãoAna Alexandra Alves de SousaInês Fialho Brandão – Museu Calouste Gulbenkian

Ficha técnica

Conceção e orientação

Ana Alexandra Alves de Sousa
Inês Fialho Brandão
Carlos Liz (coordenador executivo)

Leituras declamadas por

André Pinela
Bruno Soares Nogueira
Constança Santos
José Alexandre Maurício
Leonor Alecrim
Marcos Helena

A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.

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