Ver com outros olhos
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Local
Galeria do Piso Inferior Fundação Calouste GulbenkianEsta exposição explora diferentes processos de interpretação de obras com recurso a outros sentidos que não a visão – o tacto ou a audição, usando imagens tácteis com audiodescrição –, de forma a facilitar o acesso de pessoas portadoras de deficiência visual à produção artística e ao contacto com a arte. As obras expostas são resultado do trabalhado desenvolvido com pessoas cegas ou com baixa visão, através da fotografia.
Um projeto desenvolvido pelo MEF – Movimento de Expressão Fotográfica, apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian através da iniciativa PARTIS – Práticas Artísticas para a Inclusão Social.
Medos e sonhos
Uma janela. Alguém, com uma cabeça de abóbora azul, a tentar entrar pela janela. Quando era pequeno tinha medo de ir à casa de banho à noite. Quando saía da cama e ia à casa de banho, via a janela e imaginava esta personagem.
Esta fotografia tem a ver com um medo que tinha na infância e que agora quero retratar.
Liberdade
Estou muito centrada em mim. Quero transmitir como vejo agora. Esta é uma foto com três momentos: um do passado, outro do presente e um do futuro.
Ao passado associo as cores intensas; no presente, sou eu na fotografia, a perda de independência, da autoestima e da alegria. O futuro sou eu a andar, em movimento, com novas ideias. Olhar para o Futuro. Gosto da cor para simbolizar a esperança.
Beleza
Trabalhei no mundo da aviação e, para mim, a viagem começa sempre à porta do avião. A postura que tiver à porta conta muito para o conforto dos passageiros, durante a viagem. Daí a importância de usar saltos altos. Dá uma postura de segurança.
Quando ceguei, não conseguia usar saltos altos. Agora aprendi a usá-los com a minha bengala e voltei a sentir-me mulher.
Cegueira
Quis fotografar a minha cara com olhos de gato. Na brincadeira, digo que quando começarem os implantes de olhos, quero a minha cara com olhos de gato, para ver bem de dia e também de noite. Para ver tudo o que já não consigo ver.
Memória
Quis retratar uma recordação do passado, porque o passado é mais bonito que o presente. Tenho saudades do passado, de quando a vida era mais alegre. Naquela altura, não tínhamos acesso a fotografias. Esta foi-me oferecida por um homem que andava na rua, de máquina às costas. O homem até tinha jeito.
EVENTOS
À conversa… sobre deficiência visual
Maria Vlachou e José Oliveira
Sáb, 20 out 2018, 15:00
À conversa… sobre o projeto «Imagine Conceptuale»
Luís Rocha, Tânia Araújo, Tiago Santos
Sáb, 27 out 2018, 15:00
Apresentação do livro tátil «Um olhar sobre o Nada»
Sáb, 27 out 2018, 16:00
Imagens do sentir
Sáb, 6, 13, 20 e 27 out, 11:00
Famílias
ACESSIBILIDADE
Todos os espaços da Fundação Calouste Gulbenkian, incluindo os jardins, estão adaptados a visitantes com restrições de mobilidade, nomeadamente através de elevadores, rampas e, em certas zonas, piso tátil.
Estão disponíveis lugares reservados para pessoas com mobilidade condicionada tanto no Parque de Estacionamento como Grande Auditório.
Para qualquer informação, a equipa da receção está disponível para acompanhar e esclarecer qualquer questão relativa a acessibilidade.