Schubertiade #1
Maria João Pires
Slider de Eventos
Data
- / Cancelado / Esgotado
Local
Grande Auditório Fundação Calouste GulbenkianPreço
50% – Menores de 30 anos
15% – Maiores de 65 anos
- Piano
- Piano
- Piano
- Barítono
-
Maria João Pires
Piano
Maria João Pires nasceu em Lisboa em 1944. Tocou pela primeira vez em público aos quatro anos de idade e aos cinco deu o seu primeiro recital. Foi aluna de piano de Campos Coelho, tendo estudado também com Francine Benoît. Posteriormente prosseguiu a sua formação musical na Alemanha, com Rosl Schmid e Karl Engel. Como solista de concerto e em recital, tornou-se na mais célebre pianista portuguesa de sempre e uma das artistas mais destacadas internacionalmente. A sua carreira passou pelos principais palcos mundiais, onde colaborou com maestros de renome internacional e com as mais prestigiadas orquestras. Destaque também para as suas inspiradas e muito aplaudidas gravações como solista e no domínio da música de câmara.
Desde a década de 1970, Maria João Pires tem-se também dedicado a refletir sobre a influência da arte na vida, nas comunidades e na educação. O seu objetivo é o de encontrar novas formas de afirmação desta linha de pensamento na sociedade, respeitando o desenvolvimento dos indivíduos e das culturas e encorajando a partilha de ideias. Em 1999 criou o Centro de Artes de Belgais, para o estudo das artes em Portugal, lugar onde organiza regularmente workshops interdisciplinares para músicos profissionais e amadores, além de concertos e gravações. Num futuro próximo, estes poderão ser partilhados com a comunidade digital internacional. Em 2012, na Bélgica, Maria João Pires iniciou dois projetos complementares: os Partitura Choirs, um projeto de coros infantis destinado a crianças oriundas de ambientes socialmente desfavorecidos como o Hesperos Choir e os Partitura Workshops. Todos os projetos Partitura têm como objetivo criar uma dinâmica altruísta entre artistas de diferentes gerações, propondo uma alternativa a uma realidade demasiado focada na competitividade, uma filosofia que tem vindo a ser divulgada internacionalmente.
-
Ignasi Cambra
Piano
O pianista espanhol Ignasi Cambra apresentou-se no Carnegie Hall, no Kennedy Center, no Festival de Ravinia e no Teatro Mariinsky de São Petersburgo. Colaborador próximo da pianista Maria João Pires, foi acompanhado pelas orquestras sinfónicas de Barcelona, Miami, Vancouver e do Teatro Mariinsky, sob a direção de maestros como Tsung Yeh, Eduardo Marturet, Josep Pons e Salvador Brotons.
Ignasi Cambra apresentou-se na maior parte das grande salas de concertos de Espanha. Foi também “artista em residência” na La Pedrera (Casa Milà), em Barcelona, e as suas prestações permitiram-lhe participar em prestigiados festivais como Peralada, Schubertiade de Vilabertràn e Quincena musical de San Sebastián. Aluno de Jerome Lowenthal e de Matti Raekallio na Juilliard School de Nova Iorque, diplomou-se também pela Indiana University, pela Royal Academy of Music de Londres e concluiu um Executive MBA na IESE Business School. Edward Auer, Menahem Pressler, Alexander Toradze e Rustem Hayroudinoff contam-se entre as suas maiores influências.
-
Júlio Resende
Piano
Júlio Resende é um pianista e compositor português. Começou a tocar piano aos quatro anos e desde então considera o piano “o seu brinquedo favorito”. É um dos músicos portugueses mais reconhecidos em Portugal e no estrangeiro. As suas técnicas de improvisação são transversais à sua estética, abrangendo vários géneros musicais que vão do jazz ao fado e à música erudita – tem um dueto com Maria João Pires – e também a projetos de música eletrónica. É pioneiro de um género único denominado “Fado Jazz” e irá lançar no dia 13 de outubro de 2023 o seu décimo álbum, desta vez pela famosa etiqueta ACT Music (Júlio Resende – Fado Jazz – “Filhos da Revolução”), numa alusão à comemoração do cinquentenário do 25 de abril.
“O que o Júlio Resende faz com o Fado lembra-me o que Keith Jarrett faz com os “standards” do Jazz” – António Jorge Molina – El País (Espanha)".
-
Thomas Humphreys
Barítono
O britânico Thomas Humphreys tem vindo a afirmar-se como um dos mais solicitados barítonos da sua geração. No domínio da ópera, interpretou o papel principal de Don Giovanni, além de Guglielmo (Così fan tutte), Escamillo (Carmen), Marcello (La bohème), Tomsky (A Dama de Espadas) e Jake Wallace (La fanciulla del West), entre outros personagens, para várias companhias de ópera no Reino Unido. Recentemente, recebeu elogiosas críticas pela interpretação do Conde de Almaviva (As bodas de Figaro), no Festival de Ópera de Dorset, sob a direção do maestro Jose-Miguel Esandi. É também muito solicitado como solista de concerto, tendo colaborado com a Royal Philharmonic Orchestra, a Sinfónica de Bournemouth, a English Symphony Orchestra e o City of London Choir, entre outros agrupamentos. Estreou-se recentemente no Royal Festival Hall, com os London Mozart Players. O seu repertório inclui o Messias (Händel), Elias (Mendelssohn), a Paixão segundo São João e a Oratória de Natal (Bach), Um Requiem Alemão (Brahms), os Requiem de Mozart, Verdi e Fauré, A Criação e a Missa de Nelson (Haydn) e Five Mystical Songs (Vaughan Williams). Os destaques recentes, em recital, incluem canções de Tchaikovsky e Rachmaninov em Moscovo e a participação no festival Armonie della Magna Graecia, em Itália. Numa transmissão em direto, cantou Lieder de Schubert para a Radio Varna, na Bulgária. Antes da pandemia interpretou, pela primeira vez, Viagem de Inverno de Schubert.
-
Quatuor Hermès
A florescente carreira do Quatuor Hermès tem permitido a sua apresentação por todo o mundo. Nos E.U.A., o quarteto atuou no Kennedy Center (Washington DC), no Zankel Hall e no Carnegie Hall (Nova Iorque). A sua trajetória tem sido pontuada por encontros decisivos, incluindo os quartetos Ravel, Ysaÿe e Artemis, com os quais os quatro músicos se aperfeiçoaram, tendo também desenvolvido e partilhado a sua filosofia musical. Outras personalidades incluem Eberhard Feltz, em Berlim, e Alfred Brendel.
O Quatuor Hermès recebeu numerosos prémios, incluindo “Revelação Musical do Ano” no Prix de la Critique 2014-15 e o Nordmetall Ensemble Preis 2013 no Festival de Mecklenburg-Vorpommern. Foram-lhe também atribuídos primeiros prémios no Concurso Internacional de Genebra (2011), no Concurso FNAPEC (2010), no Concurso Internacional de Música de Câmara de Lyon (2009) e nas Young Concert Artists International Auditions, em Nova Iorque. Entre 2012 e 2016, os quatro músicos foram artistas residentes na Queen Elisabeth Music Chapel. Desde 2015, têm sido apoiados pela Fondation d’Entreprise Banque Populaire e pela Fondation Singer-Polignac, em Paris.
O recente CD, dedicado a duas grandes obras de Schubert, recebeu o aplauso da crítica internacional. Foram também distinguidas gravações anteriores dos quartetos de Debussy, Ravel e Dutilleux, bem como uma integral dos quartetos de cordas de Schumann. Elise Liu toca um violino Carlo Tononi, por amável empréstimo da Talents & Violon'celles.
Franz Schubert
Klavierstück em Mi bemol menor, D. 946 n.º 1
Der Tod und das Mädchen, D. 531
Die Krähe (de Winterreise, D. 911)
Das Wirtshaus (de Winterreise, D. 911)
Dai Fujikura
Deconstructing Franz (2006)
obra inspirada no Quarteto para Cordas em Ré menor, “A Morte e a Donzela”, de Schubert
Franz Schubert
Quarteto para Cordas em Ré menor, D. 810, “A Morte e a Donzela”
— Intervalo de 20 min —
Júlio Resende
Improvisação
Franz Schubert
Sonata para Piano em Si bemol maior, D. 960
Nacht und Träume, D. 827
*Por motivo de saúde, o tenor Ben Johnson é substituído por Thomas Humphreys.
Na Viena do início do século XIX ficaram famosas as “Schubertiades”, sessões de salão onde o compositor Franz Schubert era figura central e onde o próprio e outros artistas, bem como patronos e amigos, interpretavam e celebravam as composições do compositor austríaco. Esses eventos informais passavam não apenas pela música, mas também pela declamação de poesia ou por canções e danças acompanhadas ao piano. Eram momentos íntimos de partilha, nos quais a arte (e a música em particular) ocupava um lugar central.
É esse o espírito que a pianista Maria João Pires e a encenadora Judite da Silva Gameiro irão recriar ao longo de três dias na Gulbenkian Música, em quatro concertos onde partilhará o palco do Grande Auditório com vários músicos convidados. Um acontecimento de relevo não só em torno da música de Schubert, mas também a partir dela e ancorado na ideia da música como celebração.
Ficha técnica
Judite da Silva Gameiro Cenografia e Encenação
Jean Jacques Sanchez Assistente de encenação
Cécile Trelluyer Desenho de luz
João Saraiva Bailarino e Anjo
Laurie Chomel Bailarina
Lili Buvat Bailarina
Joana Cornelsen e Siça Souza Maquilhagem, Cabelos e Caraterização
Nádia Gama Assistente de Guarda-Roupa
"Aventure" Cão-guia
Coprodução Philharmonie de Paris e Fundação Calouste Gulbenkian.
Agradecimentos à Câmara de Briare e ao Château de Trousse-Barrière (França) pelo apoio e a cooperação no processo de criação da encenação.
Mecenas Gulbenkian Música
A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.