Prometheus Unbound, de Meiro Koizumi
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Estúdio Centro de Arte Moderna GulbenkianSessões contínuas de 24 minutos. Última entrada às 17:30. Pode adquirir um passe que inclui as duas partes da trilogia por 10€ nas bilheteiras físicas.
Em Prometheus Unbound, a ansiedade dos jovens que não têm para onde ir é sublimada na ansiedade dos avatares, cativos entre a existência e a inexistência, acabando por manifestar-se como um pesadelo coletivo no espaço de RV.
Esta instalação em realidade virtual questiona o modo como visualizamos os seres humanos na sequência da experiência da pandemia. O público é convidado a experimentar uma visão pessimista na qual as pessoas, já sintonizadas no mundo digital, são tratadas como seres infra-humanos e presos num espaço de pesadelo entre a realidade e o virtual, entre a vida e a não-vida.
Embora a história seja contada apenas de forma abstrata, o público partilhará a sensação do fracasso e da tentativa desesperada de o ultrapassar. Esta visão sombria da nova humanidade é criada com a ajuda de um grupo de jovens trabalhadores vietnamitas no Japão, que ficaram presos entre sistemas e sem qualquer apoio social durante a pandemia, sendo tratados como não-humanos na estrutura social. Os pesadelos narrados por estes trabalhadores são sobrepostos à ansiedade do fracasso tecnológico.
Prometheus Unbound aborda estes temas de uma perspetiva social e, apesar do título, a verdadeira emancipação não acontece nesta parte da trilogia. Aqui, Koizumi concentra-se em trazer uma dimensão humana de volta aos avatares, entretanto reduzidos ao estatuto de meras imagens.
Cada pessoa poderá mergulhar na experiência de realidade virtual de forma independente através de óculos RV. Seis pessoas podem experimentar a obra ao mesmo tempo.
O artista Meiro Koizumi traz também a Lisboa outra parte desta trilogia – Prometheus The Fire-Bringer –, apresentada no Jardim. Pode adquirir um passe que inclui as duas partes da trilogia por 10€ nas bilheteiras físicas.
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Biografias
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Meiro Koizumi
Meiro Koizumi (Gunma, Japão, 1976) é um artista que mistura realidade e ficção em vídeos experimentais e performances que exploram as relações entre o Estado, o coletivo e o indivíduo, bem como o corpo humano e as suas emoções. Nos últimos anos, tem apresentado numerosos trabalhos que incorporam a tecnologia AR/VR em performances que questionam o futuro da humanidade. As suas obras foram apresentadas em numerosas bienais e museus e fazem parte de coleções públicas em todo o mundo. Koizumi frequentou o Chelsea College of Art and Design, em Londres (1999-2002), bem como a Rijksakademie van Beeldende Kunsten, em Amesterdão (2005-2006).
Ficha técnica
Apoio
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