Jordi Savall
Hespèrion XXI
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- / Cancelado / Esgotado
Local
Grande Auditório Fundação Calouste GulbenkianPreço
- 28,00 € – 70,00 €
25% – Menores de 30
10% – Maiores de 65
Cartão Gulbenkian:
50% – Menores de 30
15% – Maiores de 65
- Viola da gamba, Direção
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Hespèrion XXI
O valor mais importante da música antiga reside na sua capacidade universal de transmitir sensibilidades, emoções e ideias ancestrais. Com um repertório que se estende do séc. X ao séc. XVIII, o Hespèrion XXI procura, de forma permanente, novos pontos de encontro entre Oriente e Ocidente, dando expressão a uma vontade de integração e de recuperação do património musical internacional, nomeadamente da zona mediterrânica, mas também em diálogo com as músicas do Novo Mundo.
Em 1974, em Basileia, Jordi Savall e Montserrat Figueras, em conjunto com Lorenzo Alpert e Hopkinson Smith, fundaram o agrupamento Hespèrion XX com um objetivo comum: o estudo, a interpretação e a difusão do repertório anterior ao séc. XIX, a partir de premissas novas, nomeadamente os critérios históricos e os instrumentos originais. Na Antiguidade, era dado às penínsulas Itálica e Ibérica o nome de Hesperia. Em grego antigo, Hesperio designava uma pessoa originária de uma destas penínsulas. Era também o nome dado ao planeta Vénus quando, ao anoitecer, surge no céu a Ocidente. A partir do ano 2000, o agrupamento passou a designar-se Hespèrion XXI, sendo hoje uma referência para a compreensão da evolução da música praticada no espaço temporal que se estende da Idade Média até ao Barroco. O valor do seu trabalho de recuperação de obras, partituras e instrumentos é incalculável. Por um lado, a sua investigação rigorosa proporciona novas informações e compreensão sobre o conhecimento histórico de cada período e, por outro, as requintadas interpretações permitem ao público desfrutar livremente da delicadeza estética e espiritual das obras.
Desde o início, o Hespèrion XXI adotou uma orientação artística inovadora, fundando uma escola que encara a música antiga como um campo de experimentação musical e que procura atingir os mais elevados níveis de autenticidade, de beleza e de expressividade nas suas interpretações. O seu vasto repertório inclui peças sefarditas, romances castelhanos e peças do Século de Ouro espanhol e da Europa das Nações, entre outras. Graças ao excelente trabalho de numerosos músicos e colaboradores que trabalharam com o grupo ao longo de todos estes anos, o Hespèrion XXI continua a desempenhar um papel fundamental na recuperação e reavaliação do património musical, com grande ressonância em todo o mundo. Gravou mais de sessenta álbuns e apresenta-se em concertos em todo o mundo, incluindo os mais importantes festivais de música antiga.
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Jordi Savall
Jordi Savall é uma das personalidades musicais mais versáteis da sua geração. Ao longo de mais de cinquenta anos de carreira, difundiu pelo mundo joias musicais há muito esquecidas ou negligenciadas. Dedicado investigador da música antiga, interpreta o repertório na sua viola da gamba e como maestro. As suas atividades como concertista, pedagogo, investigador e criador de novos projetos musicais e culturais situam-no entre os principais artífices da revalorização da música histórica. Com Montserrat Figueras, fundou os agrupamentos Hespèrion XX/XXI (1974), La Capella Reial de Catalunya (1987) e Le Concert des Nations (1989), explorando e criando um universo de emoções e beleza que partilha com milhões de amantes da música em todo o mundo.
A sua contribuição essencial para o filme Tous les Matins du Monde, de Alain Corneau (prémio César de cinema para a melhor banda sonora), a sua intensa atividade de concertos (cerca de 140 concertos por ano), as suas gravações (seis álbuns por ano) e a fundação da editora discográfica Alia Vox, com Montserrat Figueras, em 1998, são a prova de que a música antiga não tem que ser elitista, podendo cativar públicos diversificados de todas as idades.
Jordi Savall gravou e editou mais de 230 discos dedicados aos repertórios medieval, renascentista, barroco e clássico, dando especial atenção à herança musical hispânica e mediterrânica, os quais receberam numerosos galardões como os prémios Midem Classical, ICMA e Grammy. Os seus programas tornaram a música num instrumento de meditação, de aproximação e de paz entre culturas e povos, tendo juntado no palco agrupamentos e músicos árabes, israelitas, turcos, gregos arménios, afegãos, mexicanos e norte-americanos. Em 2008 foi designado Embaixador da União Europeia para o Diálogo Intercultural. Conjuntamente com Montserrat Figueras, foi nomeado “Artista para a Paz” no âmbito do programa Embaixadores de Boa Vontade da UNESCO.
Entre 2020 e 2021, para assinalar os 250.º aniversário de Ludwig van Beethoven, dirigiu uma integral das sinfonias do compositor alemão, com Le Concert des Nations, tendo também gravado dois álbuns intitulados Beethoven Révolution. O seu impacto no mercado discográfico internacional foi definido como “um milagre” (Fanfare) e o vol. II foi distinguido com o prémio Schallplattenkritik para melhor gravação orquestral.
Jordi Saval recebeu outras importantes distinções, incluindo doutoramentos honorários pelas Universidades de Évora, Barcelona, Lovaina e Basileia, o título de Chevalier de la Légion d’Honneur (França), o Praetorius Musikpreis (Alemanha), a Medalha de Ouro da Generalitat de Catalunya, o Prémio Helena Vaz da Silva e o prestigioso prémio Léonie Sonning, considerado o prémio Nobel da música. É membro Honorário da Royal Philharmonic Society, da Royal Swedish Academy of Music e da Accademia Nazionale di Santa Cecillia.
Innocentio Alberti (ca. 1535-1615)
Christopher Tye (? -1572)
Robert Parsons (1535-1572)
Pierre Attaignant (1494-1552)
Orlando Gibbons (1583-1625)
John Dowland (1563-1626)
Giovanni Maria Trabaci (1575-1647)
Giuseppe Guami (ca. 1540-ca. 1611)
Anthony Holborne (1545-1602)
Clement Woodcock (1540-1590)
John Ward (1571-1638)
Anónimo (mss. Philidor, 1600-1620)
William Brade (1560-1630)
Alfonso Ferrabosco (1575-1628)
William Brade
John Jenkins (1592-1678)
Sebastián Aguilera de Heredia (1561-1627)
Samuel Scheidt (1587-1654)
William Lawes (1602-1645)
Marc-Antoine Charpentier (1643-1704)
Henry Purcell (1659-1695)
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
Joan Cabanilles (1644-1712)
Na sequência do incansável e inestimável trabalho de recuperação e revalorização da música medieval, renascentista e barroca, durante muito tempo caída no esquecimento, o maestro catalão Jordi Savall e o seu Hespèrion XXI apresentam um programa de consort music, balizado entre 1550 e 1750. Incluindo compositores como Dowland, Purcell ou Bach, entre muitos outros menos conhecidos, o foco é dirigido às “mais belas peças da segunda parte da Renascença até ao período do Barroco”, segundo Savall, tocadas por uma formação de violas da gamba, o instrumento em que o músico se especializou.
Mecenas Gulbenkian Música
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