Hergé e o Portugal do Estado Novo
Ciclo Hergé no mundo contemporâneo
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Auditório 3 Fundação Calouste GulbenkianTintin foi introduzido em Portugal por uma revista católica para jovens, dirigida pelo Padre Abel Varzim, a qual, nesse período, conheceu tensões, mudanças editorais e adaptações. Neste debate discutimos a vida das publicações de Tintin em Portugal ao longo do Estado Novo.
Com António Cabral e António Araújo, moderado por António Costa Pinto
BIOGRAFIAS
António Araújo é doutor em História Contemporânea pela Universidade Católica Portuguesa. Administrador e Diretor de publicações da Fundação Francisco Manuel dos Santos, professor convidado da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, colabora regularmente nos jornais Diário de Notícias, Expresso e Público. Autor de diversos livros e artigos sobre Direito Constitucional, Ciência Política e História Contemporânea, é editor do blogue Malomil.
António Costa Pinto é investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Foi Presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política. As suas obras têm incidido sobretudo sobre o autoritarismo e fascismo e as transições democráticas em Portugal e na Europa. Foi consultor científico do Museu da Presidência da República portuguesa e tem colaborado regularmente na imprensa, rádio e televisão. O seu último livro em português é O Regresso da Ditaduras? (2021).
António José Cabral nasceu em 1949 e começou a gostar de Tintin quando no início dos anos sessenta os seus pais fizeram uma assinatura do Journal Tintin. Licenciou-se em Economia pelo ISCEF em 1971. Passou pelo Ministério das Finanças e pelo Banco de Portugal, tendo lecionado no ISCEF e na Universidade Católica Portuguesa. De 1988 a 2014 foi funcionário da Comissão Europeia, onde chegou a Diretor-Geral Adjunto da DG dos Assuntos Económicos e Financeiros, destacando-se a sua participação ativa no processo de criação do Euro e respetivas regras orçamentais; de 2004 a 2014 foi Conselheiro do Presidente da Comissão, Durão Barroso. Os 26 anos que passou em Bruxelas permitiram-lhe conhecer melhor Tintin e o mundo de Hergé tendo, nomeadamente, assistido à construção, e depois à inauguração, do Musée Hergé em Louvain-la-Neuve. Presentemente está reformado.
CICLO HERGÉ E O MUNDO CONTEMPORÂNEO
O mundo de Hergé e do seu Tintin foi o do século XX, com as suas guerras, clivagens políticas, culturais e ideológicas. Chefiados por Tintin, os seus personagens, calcorreiam com ele o mundo, da União Soviética à China, da América Latina dos Generais “Alcazar” e “Tapioca”, aos Estados Unidos da América, da África Colonial à Lua.
Nesta série de debates pretende-se discutir a vida dos personagens de Tintin no mundo do século XX.