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Auditório 2 Fundação Calouste Gulbenkian OnlineTRANSMISSÃO
O evento será também transmitido em direto e estará disponível nesta página.
A primeira Escola de Verão do Museu Calouste Gulbenkian é um espaço de partilha, debate e formação, que junta especialistas de museus e instituições culturais nacionais e internacionais de referência. Este ano centra-se na na relação entre museus e educação.
A conferência inaugural do dia 2 parte do tema da (in)utilidade do Belo e reúne nomes de diversas áreas, da ciência à estética, de forma a promover uma discussão multifacetada perante os desafios que este assunto convoca.
Nos dias seguintes, o Museu convida para o debate especialistas e profissionais de museus e instituições culturais nacionais e internacionais, como o Museu Nacional de Arte Antiga e o Museu do Dinheiro (Lisboa), o Museu do Louvre (Paris), o Victoria & Albert Museum e a National Gallery (Londres), o Museo Reina Sofía (Madrid), o Rijksmuseum (Amesterdão) ou a Frick Collection (Nova Iorque).
Pretende-se refletir sobre questões como o papel dos serviços educativos na atualidade, a importância da participação e da inclusão de diferentes públicos na programação cultural, ou ainda a crescente presença do digital e os desafios lançados pelo contexto de pandemia e pós-pandemia.
TRANSMISSÕES
Sessão 02 set
Sessão 03 set
Sessão 04 set
Programa
17:30 Boas-vindas
António Filipe Pimentel, Museu Calouste Gulbenkian
Benjamin Weil, Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian
Guilherme d’Oliveira Martins, Fundação Calouste Gulbenkian
18:00 – 20:00 Conferência de abertura
A Arte importa. Sobre a (in)utilidade do Belo
«Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei!»
Santo Agostinho
A Arte importa? Como podemos realmente aferir a utilidade do Belo na nossa sociedade, ante o complexo de carências vitais expostas pela presente pandemia — quadro que, ao invés, parece antes colocá-lo num patamar difuso de inutilidade? É a Arte (obviamente entendida em sentido lato) essencial à vida, simplesmente útil, ou, finalmente, despicienda? Quando teremos perdido a noção de que as áreas (inclusive técnicas) do saber humano se organizavam, inicialmente, em artes (entre as mecânicas e as liberais) e que, por tal, também o próprio ensino (conhecimento) nasceria sob essa matriz, precedendo a Faculdade de Artes, nas próprias universidades, a admissão em qualquer das outras? Todos recordamos, decerto, as palavras lapidares de Churchill, durante a Segunda Guerra Mundial («afinal porque lutamos?»), justamente ao recusar a aplicação de cortes financeiros à Cultura (e Artes) — ou tê-las-emos já esquecido (porventura demasiado rápido)?
«A beleza é a verdade, a verdade é a beleza»: De John Keats à física quântica
Carlos Fiolhais
A beleza moderna
Maria Filomena Molder
Alteridade: o primeiro ato da beleza
John Romão
Territórios artísticos alternativos que desafiam os conceitos de Belo x (Des)institucionalizar as dinâmicas culturais
Namalimba Coelho
Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: Faz de conta que estou sonhando
Anabela Mota Ribeiro
O que a Arte recorda ao mundo técnico
Henrique Leitão
Moderação:
Paulo Pires do Vale
09:30 Registo e apresentação
10:00 1.ª sessão
Formar e mediar: os «Serviços de Educação»
Cabe aos serviços de educação dos museus a importante tarefa de se constituírem como ativadores e facilitadores do conhecimento. Através da sua ação, cada vez mais ampla, os públicos são convocados a assumir o papel de catalisadores do processo formativo. Ouvir os argumentos dos que estão no terreno, a pertinência das suas propostas e o papel que desempenham na sociedade contemporânea afigura-se oportuno. Continuará válida a dicotomia formação / mediação? Ou deverão os serviços de educação ampliar a sua esfera de ação e rever a semântica, adequando-as aos novos desafios do presente?
Escutar, agir, transformar – porque fazemos o que fazemos?
Susana Gomes da Silva, Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian
Aprender à medida: educação museológica para o futuro
Helen Charman, Victoria & Albert Museum, Londres
Lentes, gatilhos e outros instrumentos: alargar o discurso
Marta Carvalho, Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa
Em torno das coleções, cocriação com o grande público
Christine Bluard, Musée royal de l’Afrique centrale, Tervuren
Viver o Museu
Marta Moreira de Almeida, Museu de Serralves, Porto
E o que é que sentes? Os desafios da mediação nos museus de arte na era pós-verdade
Inês Fialho Brandão, investigadora/museóloga
Moderação:
João Carvalho Dias, Museu Calouste Gulbenkian
11:30 – 11:45 Pausa
11:45 Debate
14:30 2.ª sessão
Construindo pontes: integrar públicos
Garantir a abertura das instituições culturais a um público mais amplo, onde todos se sentem bem-vindos e são efetivamente bem-vindos, significa pensar na integração de todos como um conceito que cruza dados demográficos, como o contexto social ou a formação de cada um, o local onde vivem, o género ou a idade. Os museus, em ambos os lados do oceano Atlântico, procuram cada vez mais ultrapassar «barreiras» sociais para proporcionar novas formas de descobrir as suas coleções que convoquem públicos locais diversificados, para além do visitante turista ocasional. Experiências recentes implicaram a conceção de exposições que foram apresentadas em universidades, envolvendo instituições próximas dos museus na criação de uma programação. Que virtudes e desafios podemos extrair deste tipo de aventura? E o que podemos aprender ouvindo e partilhando com as diferentes comunidades o futuro dos nossos museus?
Curadoria da cidade contemporânea
Domenico Sergi, Museum of London, Londres
Desmistificar os museus e criar ligações através de associações de jovens
Sana Mirza, Freer Gallery of Art and Arthur M. Sackler Gallery, Smithsonian’s National Museum of Asian Art, Washington
Os artistas, a arte e os outros: Os jovens do Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga
Gonçalo Albergaria (e Duarte Bénard da Costa), Jovens do Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa
Projeto Entre Vizinhos – Balanço de cinco anos
Diana Pereira, Museu Calouste Gulbenkian
Sob a Street Art, o Louvre (obras-primas)
Cyrille Gouyette, musée du Louvre, Paris
Moderação:
Jessica Hallett, Museu Calouste Gulbenkian
15:45 – 16:15 Debate
16:15 – 16:30 Pausa
16:30 3.ª sessão
Todos no museu: a exceção é a regra
Os museus são de todos e para todos: espaços onde se integram as diferenças. Além de fisicamente acessíveis, devem propor uma programação adaptada, para que todos possam usufruir, com a mesma qualidade, dos seus acervos. Integração e comunicação são elementos fulcrais nas agendas dos museus, permitindo cumprir a sua missão de agentes agregadores da sociedade. Afigura-se relevante confrontar diferentes formas de envolver públicos diversificados e heterogéneos, partilhando experiências variadas que oferecem alternativas na perceção e na compreensão dos espólios museológicos.
O compromisso de uma educação artística junto de públicos diversificados
Margarida Rodrigues, Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian
O dinheiro e o belo, uma relação (nem sempre) provável
Ana Rita Canavarro, Museu do Dinheiro, Lisboa
MNAA: ao alcance das mãos
Adelaide Lopes, Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa
Entre, mas saia rapidamente: a lógica da exclusão inclusiva aplicada aos serviços de educação dos museus
María Acaso López-Bosch, Museo Reina Sofía, Madrid
Atalhos para o Mucem, outras formas de chegar ao museu
Cécile Dumoulin, Musée des civilisations de l’Europe et de la Méditerranée (Mucem), Marselha
Moderação:
Clara Serra, Museu Calouste Gulbenkian
17:45 Debate
09:30 Registo e apresentação
10:00 4ª sessão
Comunicar o Museu: a História e as histórias
Simultaneamente curador e sedutor, o conservador tem a missão de proteger, mas também de encenar e de dar vida e contexto aos acervos do museu, preservando a História e partilhando as pequenas, mas, com frequência, fascinantes «histórias» da vida comum das peças. Importa abordar o museu como local de conhecimento e de relação com o público, inserido no seu tempo, promovendo a discussão de estratégias de atração e de possibilidades de fuga ao modelo de museu «mausoléu», fechado na sua torre de marfim. Entre a proximidade do público e a dessacralização dos objetos, quais os riscos e as virtudes de uma abordagem «agressiva» dos acervos museológicos?
Comunicar sobre moedas em museus: contar histórias com pequenos objetos
George Watson, Swansea University
Visitas de van Huysum: como chegar a públicos que foram desproporcionadamente afetados pela Covid-19 no Reino Unido
Karen Eslea, The National Gallery, Londres
O que nos contam as obras de arte? De Turner à crise do Mediterrâneo
Andreia Dias, Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian
A curadoria como pedagogia: os estudantes universitários e o museu
Sussan Babaie, The Courtauld Institute of Art, Londres
Revisitação crítica – Narrativas históricas
Margarida Ferra, Acesso Cultura, Almada
Moderação:
Jorge Rodrigues, Museu Calouste Gulbenkian
11:15 – 11:30 Pausa
11:30 Debate
14:30 5.ª sessão
Públicos durante e após a pandemia: o «novo normal»
Qual será o papel dos museus quando a Europa reabrir? Durante a pandemia as instituições responderam rapidamente com a criação de soluções digitais através de exposições e de programas inovadores. Quando foi sentido um alívio, e de modo a atrair novamente visitantes, os museus questionaram-se sobre novas formas de expor e sobre protocolos de segurança a seguir. No momento em que se reflete agora sobre o «novo normal», os serviços educativos encontram-se numa fase introspetiva e na linha da frente destas mudanças, que procuram juntar o melhor de dois mundos. Cinco museus partilham as suas experiências, preocupações e estratégias com o objetivo de manterem e renovarem os seus públicos.
De portas fechadas: um ano na Wallace Collection
Andrew Nelson, The Wallace Collection, Londres
Sim, podemos! Visitas digitais para público com deficiência
Friederike Lassy-Beelitz, Albertina, Viena
Exposições durante e após a pandemia: uma experiência
Lavinia Galli, Museo Poldi Pezzoli, Milão
Praticar o que se prega. Como manter-se fiel a si mesmo numa sociedade em mudança
Thijs Gerbrandy, Rijksmuseum, Amesterdão
De volta ao presente: o pensamento digital e o Museu
Manuel Fontán del Junco, Fundación Juan March, Madrid
Moderação:
Luísa Sampaio, Museu Calouste Gulbenkian
15:45 – 16:15 Debate
16:15 — 16:30 Pausa
16:30 6.ª sessão
À distância de um clique: o Museu digital
Durante a pandemia, a transformação digital criou novos públicos e novas oportunidades educativas. Também alterou significativamente os objetivos imediatos e, de certa forma, algo da essência da missão dos museus, exigindo novas formas de investimento em tecnologias da informação e em recursos humanos especializados.
No momento em que certas fronteiras já foram ultrapassadas, como encontrar um equilíbrio entre o museu «real» e o museu «virtual»? Como podem fundir-se e articular-se de modo a servirem-se mutuamente? Ou de forma a criarem ambientes favoráveis à promoção do conhecimento, da cidadania, da democracia e da sustentabilidade?
Pedagogias luminosas
Rika Burnham, The Frick Collection, Nova Iorque
Hardware, software e brainware no futuro do Património Cultural: «abordagem digital»
Maurizio Quagliuolo, HERITY, Roma
O amanhã chegou ontem – e permite aos pequenos museus tornarem-se enormes
David Glasser, Ben Uri Gallery and Museum, Londres
Um despertar tardio – algumas reflexões sobre «o Museu Digital» e a aprendizagem
Charlotte Ahnlund Berg, Swedish National Heritage Board, Department of Heritage Development, Visby
Moderação:
Rui Xavier, Museu Calouste Gulbenkian
17:45 Debate