Cerimónia de entrega do Salavisa European Dance Award 2024
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- / Cancelado / Esgotado
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Grande Auditório Fundação Calouste GulbenkianA cerimónia será transmitida em direto e estará disponível nesta página.
Criado em 2023 com o intuito de homenagear o legado de Jorge Salavisa, bailarino e diretor artístico do Ballet Gulbenkian (1977-1996), o primeiro Salavisa European Dance Award (SEDA) é agora atribuído a um dos cinco finalistas: Bouchra Ouizguen (Marrocos), Catarina Miranda (Portugal), Dalila Belaza (França/Argélia), Dorothée Munyaneza (Ruanda/Reino Unido/França) e Idio Chichava (Moçambique).
O premiado, selecionado por três especialistas independentes – Mette Ingvarsten, Nayse López e Fu Kuen Tang –, receberá 150 mil euros e terá a oportunidade de apresentar o seu trabalho na Fundação Calouste Gulbenkian e nos palcos das seis instituições culturais parceiras: ImPulsTanz – Vienna International Dance Festival, Áustria, KVS, Bélgica, Dansehallerne, Dinamarca, La Biennale de Lyon/Maison de la Danse, França, Joint Adventures, Alemanha, e Sadler’s Wells, Reino Unido.
No início da cerimónia, a Companhia Nacional de Bailado interpreta Le Chef d’Orchestre, de Paulo Ribeiro, um espetáculo dedicado a Jorge Salavisa que o coreógrafo criou em 2019 para vinte bailarinos da Companhia Nacional de Bailado.
«Uma pessoa que transporta em si a música, todas as músicas… Um maestro… é sempre uma pessoa de bem, é o líder das boas causas, é o epicentro de um movimento total, é o exemplo da sociedade perfeita; todos concertados para a felicidade geral. Um homem ou uma mulher, sós, frente ao vazio que se pode tornar sublime; em que a grandeza do sentir individual está na direta proporção de o comunicar.
Um maestro não dirige sozinho, é permeável às propostas que os músicos lhe fazem, sugere, recebe e contrapõe. Fiel depositário de uma obra maior que lhe foi confiada, negoceia, ao segundo, a sua capacidade de transcendência. É aqui que o seu caminho se cruza com a dança e os seus intérpretes.
O maestro tem por missão orientar os fluxos da vida, porque eles são feitos de música. Raramente, as questões individual e coletiva, estiveram tão associadas, ainda por cima para desígnios tão edificantes para todos. É inegável a dimensão política exemplar: um líder que faz bem, sempre bem, sempre em prol de uma causa comum! Um indivíduo frente a um coletivo e vice-versa. Com missões diferentes todos trabalham para o mesmo fim.
É, desta forma, que criei este encontro entre um maestro e um corpo de dança. O corpo, os corpos são os de vinte intérpretes, masculinos e femininos, que executarão com rigor partituras partindo do compositor Chostakovitch para uma profusão de registos musicais distintos, mas cúmplices. Vinte maestros para várias orquestras imaginárias, com uma única partitura. Assim será o início da coreografia que de chef d’orchestre passa a corps d’orchestre.
Homens e mulheres que são, nas suas totalidades, nas suas tonalidades, o seu próprio instrumento!
É com enorme reconhecimento que dedico esta obra ao Jorge Salavisa, sempre presente na prática de uma amizade construtiva. Maestro certeiro a descobrir, motivar e edificar talentos, capaz de fazer soar o melhor de cada um de nós em todas as ocasiões.»
Paulo Ribeiro
Biografias
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Paulo Ribeiro
Paulo Ribeiro inicia o seu percurso em diversas companhias belgas e francesas. Como coreógrafo, colabora com a Companhia de Dança de Lisboa e com o Ballet Gulbenkian. Cria obras para companhias internacionais de renome e funda a Companhia Paulo Ribeiro, em 1995, distinguida com vários prémios nacionais e internacionais. Dirige o Ballet Gulbenkian (2003-2006) e o Teatro Viriato (1998-2003; 2006-2016). Em 2016, assume a direção artística da Companhia Nacional de Bailado. Em 2019, lança o projeto Casa da Dança, em Almada.
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Companhia Nacional de Bailado
Fundada pelo Estado português em 1977, a Companhia Nacional de Bailado funciona no quadro do OPART, juntamente com o Teatro Nacional São Carlos, e tem residência no Teatro Camões, em Lisboa. Ao longo de quase cinco décadas, tem apresentado as obras referenciais do reportório balético, clássico e contemporâneo, de coreógrafos nacionais e internacionais. Fernando Duarte é o atual diretor artístico da CNB desde setembro de 2024.
Programa
Le Chef d'Orchestre, de Paulo Ribeiro
Boas-vindas
Discurso do representante do júri e anúncio do premiado
Vídeo sobre o premiado e discurso de aceitação
Ficha técnica
Le Chef d'Orchestre
Conceção e coreografia
Paulo Ribeiro
Ensino de direção de orquestra do 3.º andamento da 8.ª sinfonia de Chostakovitch e consultoria para banda sonora
Miquel Bernat
Figurinos
José António Tenente
Desenho de luz
Nuno Meira
Remontagem coreográfica
Marta Sobreira
Mestra de costura
Paula Marinho
Confeção de guarda-roupa
Ateliê de costura CNB
Interpretação
África Sobrino, Andreia Mota, Anyah Siddall, Beatriz Williamson, Diogo Bettencourt, Dylan Waddell, Frederico Loureiro, Inês Ferrer, João Costa, João Pedro Freitas, Katarina Gajic, Leonor de Jesus, Lourenço Ferreira, Michelle Luterbach, Miguel Ramalho, Patrícia Main, Raquel Fidalgo, Tiago Amaral
Imagem
Imagem © Joaquim Leal / Companhia Paulo Ribeiro
Parceiros
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