Cartas de Calouste Gulbenkian a seu neto
Leitura encenada
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PinhalJardim Gulbenkian
Leitura, encenada por José Anjos e Pedro Freitas, de excertos de algumas das cartas que Calouste Sarkis Gulbenkian enviou ao seu neto, Mikaël Essayan, enquanto este estudava em Inglaterra, no início dos anos 40 do século XX.
Estas cartas inéditas, trocadas entre avô e neto durante os anos (da II Guerra Mundial) em que a família se encontrava dispersa (Calouste em Lisboa, Mikaël em Inglaterra e os pais retidos em Paris) não só dão a entender que Calouste assume, como desígnio pessoal, as rédeas da educação do neto, que considera o seu delfim, como são porventura o melhor meio para se descobrir o lado mais pessoal de Calouste Gulbenkian, os seus pensamentos, valores e princípios.
Através desta troca de correspondência, guardada nos Arquivos Gulbenkian e agora publicadas no livro A Educação do delfim. Cartas de Calouste Gulbenkian ao seu neto, ficamos a saber, por exemplo, o que representava para Calouste uma “boa educação”, como é que, no seu entender, “um cavalheiro” se devia comportar, o que pensava sobre a identidade arménia, ou que considerava que a inteligência “quando é mal orientada e não a acompanham qualidades de reflexão e de moral, pode levar aos piores desastres”.
José Anjos
Formado em direito e músico, diz e escreve poemas. Organizou sessões de leituras poéticas n’O Povo, Musicbox ou o Irreal. Um dos fundadores, programador e apresentador dos “Poetas do Povo”, com Alexandre Cortez, tem-se dedicado a projetos onde se procuram os pontos de contacto entre música e palavra dita.
Integrou o projeto Lisbon Poetry Orchestra e faz parte do coletivo ‘No Precipício Era O Verbo’ (com Carlos Barretto, André Gago e António de Castro Caeiro) e Janela (com Carlos Bica). Colabora ainda, como baterista, com a banda “não simão”.
Publica poesia e ficção em revistas literárias e coletâneas e tem três livros publicados: Manual de Instruções para desaparecer (2015), Somos contemporâneos do impossível (2018) e Uma fotografia apontada à cabeça, todos pela editora Abysmo.
Pedro Freitas
Dizedor de poesia e com efeito poeta, Pedro Freitas dirige um canal no YouTube dedicado à poesia Poeta da Cidade.
Começou a escrever desde muito novo mas foi no ano de 2007 que descobriu a poesia dita através do álbum de Hip Hop de Sam the Kid Praticamente, com duas faixas de Napoleão Mira. Neste momento dedica-se a espalhar a arte de dizer por bibliotecas, eventos privados, ocasionalmente em escolas, semanalmente no seu canal do YouTube, e agora no seu podcast diário Dizer.