Carlos Tiny

Bolseiro Gulbenkian 1968 – Histórias de Impacto

A História de Impacto do ex-governante e diplomata que criou a organização não governamental Fundação Mãe Santomense, focada na promoção da educação a crianças e jovens de famílias mais desfavorecidas, retrata o percurso de vida do ilustre 'Embaixador Gulbenkian'.
13 ago 2024 18 min
Histórias de Bolseiros

O Homem-são

Carlos Tiny nasceu no dia 5 de agosto de 1950, na freguesia de Conceição, em São Tomé e Príncipe; um leão de meio do ano, a meio do século, que veio pouco depois da Segunda Guerra Mundial, no meio de uma ditadura instalada e a uma década da Guerra Colonial e da Guerra de Libertação . Estava destinado que fosse um enlaçador de mundos a partir do seu arquipélago ao largo do Golfo da Guiné. E foi, tendo viajado para mais de cem países ao longo da sua vida, foi.

Filho de Manuel da Trindade Tiny Júnior (Senhor Tiny) e de Maria Pedro Pires Afonso (Dona Paula), o pai escriturário numa roça colonial, a mãe enfermeira, conhecida enfermeira, madrinha de todas as crianças que ajudou a dar à luz. Irmão mais velho de Leopoldina, Olegário, Maria Nazaré e Guitola, irmão de vários meios irmãos pelo lado paterno, um deles Olívio, o primeiro bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian da família. Pelos exemplos que teve, sobretudo da mãe, figura absolutamente central na educação dos filhos e das filhas, que estudou Enfermagem às escondidas do marido para ser mulher independente, Carlos fez-se um homem são, puro, verdadeiro, íntegro e restantes sinónimos. Para as muitas crianças e jovens que permitiu que estudassem, tirando-as da pobreza e da fome, talvez se tenha feito santo sem necessidade de título. Carlitos soa melhor do que São Carlos. Sem formalidades.

Cresceu num ambiente de classe média, nem abastado, nem pobre, com valores muito vincados e com a convicção profunda de que estudar era o único passaporte para uma vida livre. Se a mãe e o pai chegaram ali, os filhos chegariam acolá e os netos chegariam além. Em casa, não havia distinção entre rapazes e raparigas: todos trabalhavam, todos faziam a cama de manhã, todos cuidavam da roupa, se uns cozinhavam, outros lavavam a louça, todos limpavam o chão com esfregões feitos com casca de coco. Aprenderam a viver em comunidade familiar, também sob a bênção superior da avó Olímpia, mãe da mãe, sobretudo depois de Maria Pedro se ter separado de Manuel da Trindade, era o Carlitos uma criança acabada de entrar na escola primária.

Só havia distinção nos castigos: as meninas, mais bem comportadas, passavam incólumes, os meninos apanhavam com o chicote. Era o que era. Quando o amor é grande, ficam as marcas que nutrem, não as de couro. E parece que o Carlitos e o Olegário aprontaram algumas vezes: em pequenos, em casa, até aos anos sessenta; em jovens, na Cívica pela independência de São Tomé e Príncipe, depois do 25 de abril de 1974; em adultos, na construção da Segunda República, do regime democrático do país, a partir de 1991, o Carlos do lado do até ali partido único Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP) e o Olegário do lado do recém-formado Partido de Convergência Democrática/ Grupo de Reflexão (PCD-GR).

Percebe-se a excelência da família Tiny também quando se conta o número de bolsas atribuídas pela Fundação Calouste Gulbenkian, que eram concedidas aos dois melhores alunos são-tomenses do último ano do liceu. Cinco bolseiros Tiny, por ordem cronológica: Olívio, Carlos e Olegário, os irmãos da primeira vaga, e Kiluange e N’Gunu, os irmãos da segunda vaga, ambos filhos de Carlos Tiny e de Hilária da Conceição, a primeira das suas três companheiras. Todos viveram os frutos das suas formações superiores, menos um, Olívio, que faleceu quando terminava o curso de Medicina, em Lisboa. Este episódio foi marcante na vida de Carlos Tiny, que já estava em Lisboa a estudar na altura da morte do irmão mais velho, no final dos anos sessenta, porque perdeu um irmão muito querido e porque essa perda determinou a relação de grande proximidade que estabeleceu com a Fundação.

Encontrou nas pessoas da Gulbenkian uma família em Portugal, que suportou a dor, o luto e todos as verbas associadas ao funeral e à transladação do corpo para São Tomé e Príncipe. Destas pessoas, Vítor de Sá Machado, administrador e presidente da Fundação Calouste Gulbenkian durante longos anos, falecido em 2002, foi o seu primeiro grande amigo gulbenkiano, ao qual se seguiram gulbenkianos como Eduardo Marçal Grilo e Margarida Abecasis, de quem ficou também muito amigo.

Carlos Tiny estudou Medicina na Faculdade de Medicina de Lisboa, entre setembro de 1968 e dezembro de 1974, com uma revolução pelo meio e com alguns pedidos para que a Fundação aumentasse o valor da bolsa mensal, porque os valores das refeições da cantina universitária tinham subido e porque os livros do curso eram onerosos. A Fundação acedeu aos pedidos e passou de 1.500$00 para 2.000$00 mensais, valores próximos aos que os pais recebiam em São Tomé e Príncipe. Mas mesmo assim a vida de estudante era modesta, tantas vezes à justa, o estudo era feito maioritariamente com livros da biblioteca, não dava sequer para atividades culturais.

Com 22 anos, o Carlitos era um jovem que nunca tinha assistido a um concerto e chegou a confessar à Gulbenkian que a sua insuficiente cultura musical o desmotivava a ir aos espetáculos que a Fundação promovia gratuitamente junto dos bolseiros ultramarinos. Sim, o atual Serviço de Bolsas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa era, à data, o Serviço do Ultramar da Fundação Calouste Gulbenkian. Vicissitudes dos tempos. Ainda assim, Carlos Tiny teve a oportunidade de ser influenciado pelo ambiente desportivo, mas também cultural e muito politizado do Sporting Clube de São Tomé, que na altura da ditadura era mais do que um clube de futebol: era um clube de várias formações, orientado por pessoas como a poeta Alda do Espírito Santo e o encenador e músico Quintero Aguiar.

Não tendo sido um homem que afrontou diretamente o antigo regime, fê-lo no entanto na clandestinidade. De resto, foi uma vez notificado, interrogado e intimidado pela Polícia Internacional de Defesa do Estado (PIDE) em São Tomé e Príncipe, porque num fundão (baile popular) defendeu uma menina quando estava a ser importunada por um oficial do exército, num dos períodos de férias em que foi visitar a família. Carlos Tiny lutou abnegadamente pela independência do seu país ao lado do seu irmão Olegário, assim que se deu o 25 de abril. Ainda em Lisboa, jovens estudantes são-tomenses, entre eles Carlos Tiny, Olegário Tiny, Manuel Vaz Fernandes, Ramos Dias, Alda Bandeira e Filinto Costa Alegre, começaram a organizar-se no que viria a ser a Associação Cívica Pró-MLSTP, A Cívica, a primeira organização nacionalista que foi depois efetivamente implantada em São Tomé e Príncipe, quando estes homens em formação partem resolutos para fazer crescer o seu país. Como verdadeiros príncipes.

Praticamente com a formação concluída, que começou na mãe e na avó, depois nos irmãos, depois na extrema dedicação aos estudos, depois na emancipação cívica que o Sporting Clube de São Tomé proporcionou, depois nas perdas, depois nas oportunidades, o jovem de vinte e quatro anos tinha os alicerces éticos, humanos, sociais e políticos necessários para servir um país, o seu. Dentro e fora das fronteiras, aquém e além mar. Assim fez.

O Homem-Príncipe

Reza a história que a ilha de São Tomé ganhou esse nome porque o dia 21 de dezembro de 1470, o dia em que foi encontrada por João de Santarém e Pedro Escobar, é o dia de São Tomé. O mesmo aconteceu com a ilha de Santo Antão, encontrada no dia 17 de janeiro de 1471. Só que a família é soberana e a felicidade de trazer um filho ao mundo é inexplicável hoje como seria então, o que levou o Rei D. João II a dedicar a ilha (de Santo Antão) ao seu amado filho (e Príncipe). Vitória, vitória, começou nova história.

Quinhentos anos passados de um fervoroso controlo de Portugal, novo príncipe sem título começava a agigantar-se. Não precisou de reinos, nem de ditadores, nem de colonização, nem de sangue, apenas da família e do país onde nasceu e cresceu, as duas partes mais importantes da vida de Carlos Tiny. São Tomé e Príncipe não foi massacrado pela guerra armada como foram Moçambique, Angola e Guiné, mas a autodeterminação dos povos é um direito irrevogável que o povo de qualquer país tem para poder autogovernar-se, para escolher como será legitimado o direito interno sem influência de qualquer outro país. Assim quis o povo são-tomense quando a ditadura portuguesa caiu. Assim quis Tiny.

Entre 1974 e 1975, ainda com a PIDE ativa em São Tomé e Príncipe, os jovens da Associação Cívica Pró-MLSTP criaram as fundações para a independência do país, mobilizaram as pessoas das roças, mobilizaram as ilhas, negociaram com o então nomeado governador Pires Veloso, negociações essas que estiveram na base das negociações do Acordo de Argel, um acordo que assinalou as datas oficiais da independência das antigas colónias e a respetiva retirada das tropas portuguesas.

Em março de 1975, o secretário-geral do MLSTP, Manuel Pinto da Costa, chegou a São Tomé e reuniu-se com o alto comissário português, tendo percebido a vantagem de uma transição apoiada por Pires Veloso. Prontamente declarou o fim oficial da Cívica e a integração dos seus membros no MLSTP, mas os ministros do Governo Provisório conotados com A Cívica foram demitidos e muitos dos seus dirigentes acabaram por se exilar. Foram expulsos do país, como aconteceu com Carlos e Olegário Tiny, entre outros. Viram a independência oficial de São Tomé e Príncipe à distância, cada qual no seu poiso estrangeiro africano. Após a independência oficial, a 12 de julho de 1975, foi implantado um regime socialista de partido único sob a alçada do MLSTP, que durou até 1991. Este foi o período da Primeira República de São Tomé e Príncipe.

O regresso de Carlos Tiny é desencadeado por um episódico jogo de futebol amigável, entre são-tomenses residentes em Angola e o Victória de Riboque em São Tomé. Carlos tinha-se exilado em Angola, onde assumiu o cargo de Delegado de Saúde de Luanda, a convite do Governo do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA); foi neste contexto que se destacou uma comitiva para ir jogar futebol com uma equipa são-tomense.

À chegada do aeroporto de São Tomé, todas as pessoas foram autorizadas a entrar no país menos Carlos Tiny e Ramos Dias, uma outra pessoa non grata. Perante acontecimento tão bizarro, ninguém desembarcou e o avião regressou com os mesmos passageiros para Angola que, umas horas antes, tinham sido levados para São Tomé. Quando esta história chegou ao presidente Manuel Pinto da Costa, Carlos foi convidado formalmente a regressar ao país com a mesma comitiva e, anos mais tarde, foi convidado a reintegrar o MLSTP.

Estava a porta aberta para a sua carreira política e partidária efetiva, mas acima de tudo para a entrega ao desenvolvimento de São Tomé e Príncipe. Foi Ministro da Saúde e do Desporto entre 1980 e 1984; foi Ministro da Cooperação entre 1984 e 1986, período no qual convidou o seu irmão Olegário Tiny para integrar o Ministério, dadas as suas competências como jurista e como obreiro da história política são-tomense; foi Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação entre 2008 e 2010; foi embaixador em Portugal, Espanha e Argélia, entre 1986 e 1988. Entre 1988 e 2008, explorou a diplomacia associada ao trabalho humanitário e social, integrando a Organização Mundial de Saúde (OMS), quer em escritórios regionais de África, quer como Chefe de Missão em Cabo Verde (1991-94) e em Moçambique (1996-2000).

Em 2001, concorreu às eleições presidenciais e não ganhou. Pelo meio destas peripécias profissionais, em 1991, deram-se as primeiras eleições legislativas livres em São Tomé e Príncipe, nas quais o Partido de Convergência Democrática – Grupo de Reflexão (PCD-GR) teve uma vitória esmagadora, o que tirou o MLSTP de mais de quinze anos de poder. Institui-se o pluripartidarismo e iniciou-se a Segunda República.

A vasta experiência de Carlos Tiny, sobretudo política e diplomática, deu-lhe as condições necessárias para ter muita exposição internacional, com centenas de voos com desembarques felizes como consultor nacional e internacional de governos, da Organização das Nações Unidas, do Banco Mundial, do Banco Africano de Desenvolvimento e de algumas Organizações Não-Governamentais.

O mundo foi a sua casa. Criou família e famílias. Com a sua primeira mulher, Hilária da Conceição, tiveram Kiluange e N’Gunu Olívio (em homenagem ao tio Olívio); com a sua segunda mulher, Maria de Amorim Tiny, a única com quem se casou, tiveram Cynthia e Isaura; e com a sua terceira mulher, Irene Silou, tiveram Carlos e Jade. Não terá sido o pai mais presente para os seis, dada a distância geográfica familiar, uma vez que nasceram em países diferentes, mas procurou ser o pai amigo, o pai dos princípios, das histórias, dos ensinamentos, o pai dos estudos, o pai bolseiro da Gulbenkian, o pai de São Tomé e Príncipe, o pai de outros filhos através da Fundação que criou, a Fundação Mãe Santomense.

Carlos Tiny nunca teve dúvidas sobre o facto de o potencial de crianças e jovens ser a verdadeira alavanca do desenvolvimento de um país, de São Tomé e Príncipe em particular. Sabia igualmente que a educação era e é o verdadeiro elevador social, o que salva, o que tira a fome do prato, o que nutre, o que forma seres verdadeiramente humanos, o que dá independência.

E queria muito que alunos e alunas de mérito, com valor e valores mas sem recursos, pudessem ter as mesmas oportunidades que ele outrora tivera. Foi para cumprir estas missões que, na primeira década deste século, surgiu a Fundação Mãe Santomense, cujo nome é uma homenagem à sua mãe Maria Pedro e às mães santomenses, as principais garantes da educação dos seus filhos e das suas filhas. E num protocolo estabelecido entre a Fundação Mãe Santomense e a Fundação Calouste Gulbenkian, Carlos Tiny viu vários estudantes a fazerem vingar os seus talentos, estudando com as condições merecidas, com bolsas dignas e justas. Estudantes que lhe chamaram Pai porque é isso que um pai faz: abrir caminhos com segurança, justiça, liberdade e muito amor.

Hoje tenho quase 70 anos. Digam-me em que partido político estarei a militar, em que governo estarei eu a governar dentro de 10, 15, 20 anos? Necessariamente estarei morto politica, senão mesmo fisicamente; eu e grande parte dos da minha geração. E a geração que se segue? E a que lhe segue?… Esses serão chamados sucessivamente a assegurar a gestão da coisa pública… e isso é independente de o quererem ou não. Na política e em particular na construção de uma nação, as gerações se sucedem. Não existem exemplos de construção de uma nação feita por uma geração só. As gerações se sucedem como numa corrida de estafetas em que cada geração corre a sua etapa o melhor que pode e depois passa o testemunho da melhor forma possível, para o que se preparam elas próprias para transmitir e a geração seguinte para receber (o testemunho), não deixando essa operação à obra do acaso. Nas provas de estafetas essa transmissão de testemunho é praticada vezes e vezes sem conta porquanto ela é decisiva para a vitória (ou derrota) final… não passas devidamente o testemunho e… perdes a corrida. É o que está acontecendo connosco.[1]

Foi visionário até ao fim. Conseguiu sobreviver a uma doença que o levou a fazer tratamentos diários nos EUA durante vinte e dois dias, em 2011, acompanhado pelo seu filho N’Gunu, uma viagem diferente das demais, embora feliz pela cura e pela proximidade familiar. Quando saudou o filho N’Gunu pela dedicação, fê-lo através das palavras do Roberto Carlos, com a canção Amigo.

Ganhou vida com as conversas contínuas com Marçal Grilo sobre o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe, sobre a ligação atual e futura com Portugal, e com os eventos para bolseiros e bolseiras Gulbenkian promovidos pela Margarida Abecasis, enquanto responsável do Serviço de Bolsas. Foi irmão e companheiro dos seus irmãos, tendo em Olegário o seu camarada político, o homem que entendeu as suas causas, que seguiu as suas lutas, que acalmou muitas vezes os seus impulsos de guerreiro.

Pediu licença para partir cedo, quem fica sente-o. Mas a herança é grande, será sempre grande. Não haverá espaço nem tempo para o esquecimento. E, apesar de não se recomeçar o que já terminou, para quem fica começa-se de novo. É, por isso, altura de desejar boa viagem à família e aos amigos, na certeza de que estarão visível e invisivelmente acompanhados. Assim é a vida que vive depois da morte.

Amigo, pai, irmão, filho, neto, marido, camarada, guerreiro, médico, político, patriota, embaixador, fundador, mecenas, plantador de baunilha, também humano, frontal, seguro, determinado, visionário, humilde, próximo, solidário, honesto. Não preciso nem dizer tudo isso que lhe digo, mas é muito bom saber que todos estão e estarão consigo. Boa viagem!

Você meu amigo de fé, meu irmão camarada
Amigo de tantos caminhos e tantas jornadas
Cabeça de homem mas o coração de menino
Aquele que está do meu lado em qualquer caminhada
Me lembro de todas as lutas, meu bom companheiro
Você tantas vezes provou que é um grande guerreiro
O seu coração é uma casa de portas abertas
Amigo você é o mais certo das horas incertas 

Às vezes em certos momentos difíceis da vida
Em que precisamos de alguém pra ajudar na saída
A sua palavra de força, de fé e de carinho
Me dá a certeza de que eu nunca estive sozinho
Você meu amigo de fé, meu irmão camarada
Sorriso e abraço festivo da minha chegada
Você que me diz as verdades com frases abertas
Amigo você é o mais certo das horas incertas

Não preciso nem dizer
Tudo isso que eu lhe digo
Mas é muito bom saber
Que eu tenho um grande amigo

Amigo
Roberto Carlos, 1977

Antê lógó êh, Calito!
Até já, Carlos Tiny!


[1] Carlos Tiny. Excerto do artigo “O papel das jovens gerações no desenvolvimento da nação santomense”, publicado no Téla Nón, jornal generalista sobre São Tomé e Príncipe, no dia 2 de março de 2020. 

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