Prémios APOM distinguem Museu Gulbenkian
O Prémio Exposição Temporária foi atribuído a Faraós Superstars. Realizada em parceria com o MUCEM – Musée des Civilisations de l’Europe et de la Mediterranée (Marselha), e com a curadoria de Frédéric Mougenot e João Carvalho Dias, esta exposição esteve patente na Galeria de Exposições da Sede, entre 25 novembro de 2022 e 6 março de 2023, e recebeu mais de 67 mil visitantes. O Prémio reconheceu o carácter inovador do conceito expositivo, a valorização da diversidade dos públicos do seu projeto de mediação e o trabalho de sustentabilidade no reaproveitamento dos materiais expositivos.
O catálogo A Ourivesaria Francesa da Coleção Calouste Gulbenkian, lançado em 2023, e já distinguido com o Prémio Bernier, atribuído pela Academia de Belas-Artes de França, foi reconhecido com o Prémio Edições, dedicado a projetos de investigação. Esta coleção constitui um conjunto único pela sua diversidade e qualidade, integrando mais de 150 peças, entre as quais várias obras-primas de referência mundial. Com textos de Peter Fuhring, fotografias de Catarina Gomes Ferreira, design do Panorama Design Studio, e coordenação editorial de Carla Paulino, o catálogo, em versão original em francês, dispõe de uma versão portuguesa com tradução de Rui Pires Cabral e uma versão inglesa traduzida por Emma Mandley.
Já o Prémio Catálogo de Exposição foi atribuído a Mundo Flutuante: estampas japonesas «ukiyo-e», a mostra realizada entre 23 de junho e 30 de outubro de 2023, e que, pela primeira vez, apresentou ao público a quase totalidade das estampas japonesas da coleção Gulbenkian. A publicação, com coordenação de Carla Paulino, fotografia de Catarina Gomes Ferreira e design a cargo do Panorama Design Studio, inclui ensaios da autoria dos comissários da exposição, Jorge Rodrigues, Francesca Neglia e Hannah Sigur, assim como de Rui Xavier, conservador da Coleção Gulbenkian.
A APOM distinguiu ainda o diretor do Museu Gulbenkian, António Filipe Pimentel, com o prémio Mérito Profissional na Área da Museologia, reconhecendo assim a sua longa carreira ao serviço dos museus. Além do Museu Gulbenkian, António Filipe Pimentel foi diretor do Museu Grão Vasco, em Viseu, e do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.
Também a tese de doutoramento de Inês Fialho Brandão, colaboradora do Museu, intitulada What’s in Lisbon? Art Museums, Art Dealers and Refugees in Portugal, 1933-1945, recebeu o Prémio Trabalho Académico sobre Museologia. A tese debruça-se sobre o impacto da presença de refugiados das perseguições Nazis em Portugal bem como da circulação internacional de bens culturais no mercado da arte no nosso país durante o período do Terceiro Reich.