Gastão Cruz (1941 – 2022)
O Conselho de Administração da Fundação Gulbenkian lamenta o desaparecimento de Gastão Cruz a quem a Cultura portuguesa tanto deve.
O poeta Gastão Cruz (1941-2022) teve uma ação continuada como crítico e um papel importante na divulgação da nossa poesia. Colaborador desde o n.º 1 da Colóquio/Letras, foi também tradutor e encenador teatral. E é, sobretudo, um dos grandes poetas da geração revelada desde o início da década de 1960 com a coleção dos cadernos «Poesia 61», onde publicou A Morte Percutiva.
Ao longo de décadas de publicação, Gastão Cruz deu à poesia portuguesa uma linguagem atenta à palavra e ao rigor do verso, tendo mantido, até ao último título, Existência, editado em 2017, uma coerência estética que o impõe como um nome cimeiro da poesia contemporânea.