Fundação Gulbenkian apoia Temporada Cultural França-Portugal
Além dos projetos culturais que decorrem da ação regular da Fundação em França, foi desenhada uma programação específica para esta Temporada Cruzada, com destaque para a realização do concerto de abertura, a 12 de fevereiro, com a Orquestra Gulbenkian e a pianista Maria João Pires na Philarmonie de Paris, e para a exposição de obras-primas da Coleção Gulbenkian, realizada em coprodução com a Coleção Al-Thani no Hôtel de la Marine, em Paris. Pretendendo desvendar aspetos menos explorados da Coleção do Museu Calouste Gulbenkian, a seleção de peças apresentadas nesta exposição percorre várias épocas e culturas, entrando em diálogo com obras da Coleção Al-Thani.
A programação apoiada pela Fundação incluirá uma exposição que junta, no Centre Pompidou, o escultor Rui Chafes, o cineasta Pedro Costa e o fotógrafo Paulo Nozolino, num diálogo entre o cinema, a escultura e a fotografia que cruza as interrogações plásticas dos artistas. Destaque ainda para a instalação, no jardim do Museu do Louvre, de uma obra monumental de Pedro Cabrita Reis, realizada em cortiça, intitulada As Três Graças. Nesta obra, o artista reinterpreta um dos temas marcantes da Antiguidade clássica, amplamente representado na coleção do Louvre, entrando em diálogo com as esculturas em mármore e bronze do Jardim das Tulherias.
No âmbito do concurso anualmente lançado pela Fundação destinado a promover exposições de artistas portugueses em França, será realizada uma retrospetiva dedicada a Maria Helena Vieira da Silva, exposições individuais de Francisco Tropa no Musée D’Art Moderne de la Ville de Paris, de Pedro Barateiro, Carla Filipe e uma mostra coletiva com Mónica de Miranda, Sergio Carronha, Rita Sobral Campos e Musa Paradisiaca, entre outras iniciativas. A exposição de Vieira da Silva realiza-se no Museu Cantini, de Marselha, e apresenta cerca de uma centena de pinturas e desenhos, percorrendo as etapas-chave da carreira desta artista que se estabeleceu como pintora em Paris e se tornou uma das artistas abstratas mais celebradas na Europa do pós-guerra, com as suas originais composições geometrizadas.
A exposição “Tudo o que eu quero – Artistas portuguesas 1900-2020”, realizada no ano passado na Fundação Gulbenkian, marcará presença em Tours, no Centre de Création Contemporaine Olivier Debray, concebido pelos arquitetos Aires Mateus, enquadrando-se, deste modo, na Temporada Cruzada, assim como exposição Europa, Oxalá que viajará de Marselha para Lisboa, inaugurando na Fundação Gulbenkian no próximo mês de março.
As artes performativas serão também contempladas na ação da Fundação, através, por exemplo, do apoio ao Festival d’Automne.
A Fundação estará envolvida na Temporada Cruzada através da sua Delegação em França, do Serviço de Música e do Museu Calouste Gulbenkian.