Arménios e Jerusalém
A recente descoberta de um conjunto de documentos inéditos relacionados com a construção da Biblioteca Gulbenkian em Jerusalém, nos anos 1930, esteve na base desta exposição que recorda a ligação milenar dos arménios à cidade Santa.
Esta ligação remonta aos primeiros séculos da Era de Cristo, quando comerciantes e artesãos originários da Arménia histórica chegaram à Palestina durante a Época Romana, onde foram estabelecendo raízes permanentes.
Constituindo a comunidade mais antiga da sua diáspora, a comunidade arménia de Jerusalém sobreviveu, ao longo dos séculos, a mudanças profundas, convulsões e guerras.
O Bairro Arménio de Jerusalém constitui um dos quatro principais bairros da Cidade Velha, juntamente com os bairros Muçulmano, Judeu e Cristão, albergando alguns dos edifícios religiosos mais venerados do mundo e antiguidades de valor incalculável.
Tal como várias outras famílias arménias otomanas, a partir de meados do século XIX, os Gulbenkian estabeleceram e cultivaram importantes relações filantrópicas com o Patriarcado Arménio de Jerusalém. Calouste Sarkis Gulbenkian prosseguiu a tradição familiar, centrando o seu apoio no projeto de criação da Biblioteca Gulbenkian, inaugurada em 1932.
A Biblioteca Gulbenkian alberga, até hoje, uma vasta coleção de livros e publicações valiosos, raros e antigos, bem como títulos modernos em várias línguas, com um valor inestimável tanto para o povo arménio como para os estudiosos. É, igualmente, considerada uma das bibliotecas mais ricas da Cidade Velha de Jerusalém.
Organizada pelo Serviço das Comunidade Arménias e pela Biblioteca de Arte e Arquivos da Fundação Calouste Gulbenkian, esta exposição apresenta novos elementos sobre a construção desta Biblioteca, a partir de documentos de arquivo descobertos numa residência particular, em Paris.
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