A UNRWA – United Nations Relief and Works Agency for Palestine Refugees in the Near East – (1949) coordenava, então, as operações de socorro, concertando esforços a nível internacional. Até 1967, os seus serviços destinavam-se exclusivamente aos refugiados originários da parte da Palestina que se tornou o Estado de Israel em 1948, e que viviam na Jordânia, no Líbano, na República Árabe da Síria e no território de Gaza.  Depois de junho de 1967, a UNRWA passou também a fornecer ajuda de emergência a outros deslocados da região com absoluta necessidade de assistência.

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Justamente em 1967, a Fundação Calouste Gulbenkian atribui à UNRWA um subsídio de US$ 50.000, destinado à aquisição de 5 camiões de carga para transporte de socorro a favor dos refugiados. E em 1968, após novo apelo da UNRWA, atribui mais US$ 10.000 para aquisição de 4 ambulâncias para os serviços de auxílio a refugiados árabes palestinianos na Jordânia e na Síria. Em 1970, este contributo é reforçado com a concessão de novo subsídio para aquisição de mais duas ambulâncias com destino a Beirute, no Líbano.

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A UNRWA mantém uma correspondência regular com a Fundação apelando à atribuição de fundos para apoiar estes refugiados. Em finais de novembro de 1970, a Fundação recebe uma seleção de fotografias que evidencia os danos provocados nos campos de refugiados da UNRWA no Leste da Jordânia, como resultado de combates verificados em setembro desse ano. A imagem de uma criança ferida, frente à sua casa incendiada, é impactante.

Os subsídios atribuídos pela Fundação estão em harmonia com o fim estatutário “Caridade” e são processados através do Serviço do Médio Oriente. Este serviço, que teve como designação inicial Serviço do Médio Oriente e das Comunidades Arménias, foi criado logo em 1956, aquando da instituição da Fundação Calouste Gulbenkian.  Em 1960 desdobrou-se em dois serviços: o Serviço do Médio Oriente, extinto em 1978, e o Serviço das Comunidades Arménias, ainda hoje existente.