Francisco Ariztía (1943-2022)

A Fundação Calouste Gulbenkian homenageia a memória do artista plástico Francisco Ariztía de Ferari, assinalando a relevância de uma vida dedicada às artes e ao aprofundamento das relações culturais entre Portugal e o Chile.
05 set 2022

Francisco Ariztía nasceu em Santiago do Chile, em 1943, cidade onde se formou na Escola Nacional de Belas Artes. Do seu percurso artístico fazem parte as Escolas de Belas Artes de Belgrado e de Paris, mas também a permanência noutras cidades europeias como Bolonha, em Itália.

Durante o mandato presidencial de Salvador Allende regressa ao Chile, mas o golpe de Pinochet leva-o a procurar exílio na Europa. Em 1975, escolhe Portugal como seu segundo país. Torna-se cidadão português em 1988 e, dez anos depois, assume o cargo de adido cultural da Embaixada do Chile em Portugal, contribuindo fortemente para o aprofundamento das relações culturais entre os dois países.

 

Francisco Ariztía, «Metamorfoses», 1983

 

Artista multifacetado – com uma obra que integra pintura, desenho, gravura, serigrafia, escultura e arte mural –, nunca deixou de evocar as paisagens do seu país de origem e de revelar, nos traços e nas cores intensas, a sua alma de eterno caminheiro entre pessoas e lugares.

Francisco Ariztía foi bolseiro da Fundação entre 1989 e 1991 e a sua obra integra a coleção do Centro de Arte Moderna Gulbenkian, bem como as de outros museus de arte contemporânea de Itália, França, Alemanha e Chile. Além de inúmeras exposições na Europa e no Chile, trabalhou ainda com o cineasta chileno Raoul Ruiz, realizando várias pinturas para os seus filmes.

Sobre o artista

 

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