Eduardo Lourenço e o universalismo português

Numa entrevista a Nuno Grande, Eduardo Lourenço discorre sobre Portugal e os portugueses, os primeiros universalistas do mundo moderno
03 dez 2020

Em 2016, era inaugurada na Cité de l’Architecture et du Patrimoine, em Paris, a exposição  dedicada ao pensamento e produção arquitetónica portuguesa dos últimos 50 anos. A exposição, concebida para celebrar os 50 anos da Delegação da Fundação Calouste Gulbenkian em França, seguiria depois para a Casa da Arquitetura, em Matosinhos.

O tema do universalismo na cultura portuguesa não era novo. Havia sido sobejamente abordado por muitos pensadores, de Miguel Torga a Agostinho da Silva, de Eduardo Lourenço a José Gil, que escreveram sobre a nossa maneira de nos relacionarmos com o mundo e com o “outro”.

Entre os materiais exibidos, contavam-se maquetes, desenhos técnicos, fac-símiles de esquissos, esboços, fotografias, textos e caricaturas, e uma entrevista em vídeo, conduzida pelo curador da exposição, o arquiteto Nuno Grande, a Eduardo Lourenço. Recorde as palavras do filósofo, pensador e ensaísta português, colaborador de longa data da Fundação Calouste Gulbenkian, a discorrer sobre o universalismo e o pensamento universal português, sobre o Portugal como um país de cruzamento cultural, sobre a ideia de Montaigne, que Eduardo Lourenço cita, de que Chaque homme porte la forme entière de l’humaine condition (Capítulo “Do arrependimento” do livro terceiro dos ensaios de Montaigne) – “Cada homem transporta em si a forma inteira da condição humana”.

 

Eduardo Lourenço em entrevista a Nuno Grande

Entrevista realizada em 2014 para a exposição “Les universalistes, 50 ans d’architecture portugaise”, Cité de l’Architecture et du Patrimoine/Fundação Calouste Gulbenkian, Paris, 2016.
Entrevista de Nuno Grande, imagem e edição de Márcia Lessa

 

Sobre a exposição

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