Cadernos Arte e Comunidade: A Tecnologia Ancestral da Escuta

O terceiro volume dos cadernos “Arte e Comunidade” reúne as reflexões da conferência sobre arte participativa realizada em junho, em parceria com o projeto europeu Traction.
07 dez 2022

“O que poderá suceder quando artistas profissionais e não profissionais se juntam para construir uma peça de teatro, uma ópera, um filme, uma exposição fotográfica, uma performance, uma coreografia, um musical ou um concerto, entre muitas outras expressões artísticas?” Esta é a pergunta de que parte a jornalista Vanessa Rodrigues no caderno que reúne as reflexões da conferência internacional “Desenvolver Capacidades: repensar o valor social da cultura”, apresentada na Fundação Calouste Gulbenkian a 6 de junho de 2022, em parceria com o projeto europeu Traction.

Dividido em sete capítulos, o caderno procura sintetizar as ideias e práticas discutidas na conferência, refletir sobre experiências vividas e evidenciar “o valor social da cultura no desenvolvimento de capacidades de comunidades”, fazendo dos discursos, da ação e participação cívica um ato político, para criar um território de transformação individual e coletiva.

François Matarasso (coordenador do projeto Traction), Valentí Oviedo (Gran Teatre del Liceu), James Bingham (Irish National Opera), Paulo Lameiro (Sociedade Artística Musical dos Pousos), Luís Sousa Ferreira (23 Milhas e Teatro Nacional D. Maria II), Maria Vlachou (Acesso Cultura), Ana Rita Barata e Pedro Sena Nunes (Vo’arte) são alguns dos participantes da conferência citados nesta publicação. Partindo do exemplo do Traction e da criação de óperas comunitárias dentro e fora da prisão, os testemunhos demonstram que a tecnologia pode ser um recurso valioso nestes processos e sublinham a importância da cultura e da cocriação artístico-comunitária para a promoção da escuta e da equidade.

No último capítulo, “Ideias para o agora efémero, ensaios para o futuro presente”, a autora apresenta dez conclusões ou ideias principais, em que destaca a importância da sistematização das aprendizagens realizadas no âmbito destes projetos, uma vez que “não há futuro sem criar memória, acervo tangível, consultável e acessível, registando as boas práticas (e as mudanças necessárias), promovendo transformações que possam ser replicadas e úteis para todos”.

Esta é a terceira edição de uma série de publicações denominadas “Cadernos Arte e Comunidade”, que querem partilhar reflexões e aprendizagens da iniciativa PARTIS da Fundação Gulbenkian com todos os que se empenham em alargar o horizonte das artes, contribuindo para esbater as barreiras da arte e renovar a esperança no nosso futuro comum. Todos os cadernos estão disponíveis em formato digital e gratuito, em português e inglês.

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