Uma ótima notícia

Entrevista a Nuno Coelho Silva
07 abr 2015

Nuno Coelho Silva foi selecionado para o Programa Dirigentenforum do Deustche Musikrat, um dos programas mais importantes de promoção e apoio a jovens maestros na Alemanha. Dos 24 candidatos que prestaram provas com a Philharmonie Südwestfallen em Hilchenbach, o jovem maestro português foi um dos cinco escolhidos. Este programa, orientado por maestros e pedagogos de renome, oferece cursos e concertos com as mais variadas orquestras da Alemanha. No Dirigentforum, os participantes têm também a possibilidade de se candidatar a lugares de maestro assistente e outras bolsas de estudo.

Na música, começou por se dedicar ao estudo do violino. Como aconteceu a mudança para a direção de orquestra?

Aconteceu lentamente. Há cerca de três anos, quando recebi as primeiras aulas em Bruxelas, a direção de orquestra era uma disciplina opcional. Nessa altura, tive a sorte de dirigir pela primeira vez a orquestra da escola e foi uma boa experiência. Candidatei-me a algumas masterclasses e fui aprendendo mais de direção. À medida que o entusiasmo foi crescendo, as possibilidades aumentaram também,e decidi candidatar-me à Zürcher Hochschule der Künste para a classe do prof. Johannes Schlaefli.

Como recebeu a notícia da seleção para o Deustche Musikrat?

Foi uma ótima notícia! Vejo esta oportunidade como o culminar de um período intenso de preparação e estudo, mas também como o primeiro concurso (quem sabe… de muitos)em direção de orquestra..

Colabora regularmente com orquestras internacionais e também já tocou na Orquestra XXI. O que significa para si fazer parte de uma orquestra?

Foi como violinista que tive o primeiro contacto com orquestra, e foi precisamente o tocar em orquestra que me levou a decidir estudar música. Para mim, é muito importante a perspetiva do músico inserido neste conjunto, com todas as expectativas e acertos inerentes ao grupo. Além disso, na minha experiência enquanto violinista, tenho trabalhado com maestros ótimos e com outros menos bons, mas tenho aprendido muito com todos.

Como é o seu dia a dia em Zurique?

Muito variado. A escola organiza vários projetos e cursos para a classe de direção, o que faz com que a cada duas semanas estejamos a preparar programas completamente diferentes: há vários cursos por semestre com orquestras na República Checa, projetos com cantores, música contemporânea, com a orquestra da escola, etc. É um ritmo de aprendizagem exigente, que permite conhecer e experimentar diferentes tipos de repertório.

Onde se imagina daqui a 10 anos?

Espero estar a dirigir! Gostava de colaborar com várias orquestras e fazer vários géneros, do barroco ao contemporâneo. Espero continuar também a tocar violino.

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