Uma agenda europeia para as artes cívicas

Nos dias 6 e 7 de julho, uma dezena de fundações internacionais discutiu o presente e o futuro da participação cultural na Europa.
07 jul 2023

Ao longo de dois dias de encontros e reuniões na Fundação Gulbenkian, representantes das fundações Cariplo (Itália), Compagnia di San Paolo (Itália), Evens (Bélgica), King Baudouin (Bélgica), Fidelity International (Reino Unido), Kultura Nova (Croácia). “la Caixa” (Espanha), Moleskine (Itália) e da European Cultural Foundation (Países Baixos) debateram os primeiros passos para desenvolver uma agenda europeia dedicada à promoção do papel cívico das artes.

Nos últimos anos, tem-se verificado uma preocupação crescente com o direito à participação cultural enquanto veículo para o combate às desigualdades sociais, a promoção da diversidade e criatividade. Na agenda pública, é já consensual o papel transformador que as organizações artísticas podem desempenhar para ajudar as comunidades em que se inserem a prosperar e a moldar um futuro mais justo para todos.

Reconhecendo a importância histórica da filantropia para o financiamento das artes, da cultura e do património, assim como o papel que algumas fundações – como a Fundação Calouste Gulbenkian – têm vindo a promover no apoio a organizações artísticas e sociais que põem em prática modelos de cocriação e participação com as suas comunidades, este encontro partiu de uma vontade de criar um movimento colaborativo que permita alargar estas iniciativas para o campo internacional, dando mais visibilidade e impacto ao trabalho que é feito em toda a Europa.

Enquanto entidades financiadoras e mobilizadoras, as fundações têm o privilégio de promover agendas a longo prazo que ultrapassam os ciclos políticos e que podem ser verdadeiras fontes de mudança, sobretudo em regiões onde o investimento público é escasso. O alargamento desta agenda ao nível europeu irá permitir a partilha sistematizada de conhecimentos e práticas de aprendizagem, assim como de oportunidades de financiamento a projetos que trabalham com comunidades, alargando o seu impacto do campo do local/nacional para o internacional.

Na sua estratégia para os próximos anos, a Fundação Calouste Gulbenkian assume como prioritário o desenvolvimento do papel cívico das artes junto de organizações culturais, colocando a colaboração com a comunidade e as práticas de cocriação no centro das suas atividades e alargando a sua ação em Portugal, no Reino Unido e em outros países europeus.

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