Prémio para Organizações de Artes Participativas 2023

As vencedoras da terceira edição do Prémio, atribuído pela Fundação Gulbenkian no Reino Unido, trabalham com demência, assistência social e integração de refugiados.
23 mar 2023

A principal vencedora do Prémio para Organizações de Artes Participativas 2023 é a companhia de teatro Re-Live Cardif, que trabalha com veteranos, idosos e pessoas com demência através de Life Story Arts, adaptando as suas histórias de vida para peças de teatro. A organização, a quem foi atribuído o prémio no valor de 100.000£ (cerca de 114.000€) também oferece formação a trabalhadores da saúde e da assistência social, tendo sido reconhecida como um modelo de boas práticas pelo serviço nacional de saúde do Pais de Gales.

Os restantes 50.000£ do prémio (cerca de 57.000€) serão repartidos igualmente pela Golden Thread Gallery, uma galeria de arte em Belfast que utiliza arte contemporânea para apoiar mulheres e requerentes de asilo, e a People United, uma instituição de solidariedade social em Canterbury que ajuda jovens refugiados a contar as suas histórias e junta os sectores artístico e social para explorar em conjunto como melhorar os cuidados sociais.

O Prémio para Organizações de Artes Cívicas, atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian desde 2020, reconhece organizações que ajudam a transformar comunidades através da arte. Este ano, os galardoados partilham o foco na criação de impacto local e dão voz às comunidades marginalizadas, colocando-as no centro do seu trabalho e usando métodos variados.

A presidente do Júri, Baronesa Deborah Bull, revela que nesta 3ª edição “foram recebidas mais candidaturas do que nunca, refletindo a amplitude, diversidade e alcance do sector cultural do Reino Unido.” A presidente salienta ainda que a “qualidade foi universalmente elevada, o que tornou a seleção de três de entre as 336 iniciais muito desafiante. As organizações que escolhemos premiar este ano destacaram-se pela forma como são pioneiras e incorporam novas formas de cocriação com as suas comunidades, colocando as pessoas no centro do seu pensamento. Cada uma oferece um exemplo inspirador de como as artes e a cultura podem fazer a diferença para as comunidades e para os indivíduos, e esperamos que este prémio as incite a fazer ainda mais para melhorar e transformar vidas”.

Luís Jerónimo, diretor da área de Equidade da Fundação Calouste Gulbenkian, acrescenta: “Ficámos impressionados com a amplitude do trabalho demonstrado pelos candidatos ao Prémio deste ano e pelas organizações pré-selecionadas. É uma prova de como o movimento de artes cívicas está a crescer, e de como a cultura é essencial para a sociedade. A Fundação está empenhada em apoiar e nutrir este movimento no Reino Unido, Portugal e não só. Estamos extremamente satisfeitos por ajudar os beneficiários a expandir o seu trabalho e mal podemos esperar para ver o que farão a seguir”.

O anúncio das entidades vencedoras foi feito hoje, numa cerimónia transmitida online.

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