Oratória de Natal, Johann Sebastian Bach

A Oratória celebrará o Natal mas também Michel Corboz, maestro titular do Coro Gulbenkian há 50 anos.
Michel Corboz
03 dez 2019

No dia 17 de Dezembro de 1969, o maestro suíço Michel Corboz, na altura com 35 anos, estreava-se a dirigir o Coro Gulbenkian. O Grande Auditório da Fundação tinha sido inaugurado apenas dois meses antes e o programa era composto por obras de Johann Sebastian Bach e Claudio Monteverdi. Juntavam-se ao Coro a Orquestra de Câmara Gulbenkian e um quarteto de intérpretes femininas: as sopranos Wally Staempfli e Yvonne Perrin, a cravista Christiane Jaccottet e a violoncelista Maria de Macedo.

Programa
Programa do Concerto de Natal da Temporada 1969/70

No final, quando o maestro desceu a batuta e agradeceu os aplausos do público que enchia a sala, dificilmente imaginaria que, 50 anos depois, estaria novamente no púlpito do Grande Auditório da Fundação Gulbenkian a dirigir o programa de Natal.

Michel Corboz, 1966 © DR
Michel Corboz, 1966 © DR
Michel Corboz, 2003 © DR
Michel Corboz, 2003 © DR

A obra que será tocada este ano, nos dias 13, 14, 15 e 16 de dezembro – a Oratória de Natal de Johann Sebastian Bach – representa uma das mais majestosas criações do mestre alemão e vai celebrar não apenas a quadra festiva mas também a longa ligação de Michel Corboz ao Coro Gulbenkian.

Composta em Leipzig nos finais de 1734, a peça está dividida em seis cantatas, cada uma celebrando uma das festas que pontuavam os treze Dias de Natal no calendário luterano: o Nascimento de Jesus (dia de Natal); a Anunciação aos Pastores (26 de dezembro); a Adoração dos Pastores (27 de dezembro); a Festa da Circuncisão (dia de Ano Novo); a Viagem dos Reis Magos (1.º domingo depois do Ano Novo) e a Festa da Epifania (Adoração dos Reis Magos, 6 de janeiro).

As cantatas serão apresentadas em quatro concertos: dia 13 e 15 (cantatas I, III e VI), dias 14 e 16 (cantatas II, IV e V).

Em palco estarão, além do Coro e Orquestra Gulbenkian, a soprano Ana Quintans, a meio-soprano Marianne Beate Kielland, o tenor Benedikt Kristjánsson e o baixo Philippe Sly.

À frente de todo o elenco estará um maestro que não gosta da palavra dirigir – por lhe sugerir a ideia de imposição –, preferindo, antes, o termo “animar”, no sentido de dar alma a uma obra. Um maestro que diz também que o seu som preferido é a voz, que o seu compositor favorito é Bach (e os compositores que nele se inspiraram) e ainda que a virtude a que aspira é a simplicidade. Estão reunidas as premissas certas para se ouvir uma das mais belas obras do reportório coral-sinfónico de todos os tempos.

 

Oratória de Natal

Coro e Orquestra Gulbenkian

Edifício Sede – Grande Auditório
sex, 13 dez / 20:00 – 22:00
sáb, 14 dez / 19:00 – 21:00
dom, 15 dez / 18:00 – 20:00
seg, 16 dez / 20:00 – 22:00

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