Uma app que liga migrantes e médicos voluntários

Vencedor da 2ª edição do Hack for Good
26 jun 2017

Desenvolvido durante a maratona digital de impacto social dedicada a melhorar a vida dos refugiados, que a Fundação Calouste Gulbenkian promoveu nos dias 24 e 25 de junho, o projeto CURA, uma aplicação móvel que permite conectar de forma anónima os migrantes, em particular as mulheres, com médicos voluntários venceu a 2ª edição do Hack for Good. Esclarecer questões de saúde, recorrendo a imagens que ajudem na tradução e preservando o anonimato dos “pacientes”, é o objetivo deste projeto sem fins lucrativos, que cria uma rede de médicos voluntários credenciados.

A aplicação CURA conseguiu angariar dezenas de médicos voluntários, logo durante as primeiras 15 horas da maratona digital que durou dois dias. A equipa do projeto explica que esta aplicação é especialmente vocacionada para mulheres porque “normalmente elas são o centro da saúde das famílias”, diz Daniela Seixas, médica neurorradiologista e porta-voz do grupo que junta competências complementares: duas médicas, uma advogada, uma engenheira e uma designer de interfaces. Conheceram-se pouco antes do arranque da maratona, com o apoio da comunidade “Portuguese Women in Tech” e unidas pelo desejo comum de participar no Hack for Good, uma iniciativa que pretende colocar a tecnologia ao serviço da resolução de problemas sociais. A equipa das cinco mulheres levou para casa um prémio de cinco mil euros, bem como licenças de acesso às plataformas Microsoft e IBM, entre outras regalias tecnológicas.

Em segundo lugar, ficou o projeto Share your meal, uma plataforma web que promove o encontro entre famílias migrantes e famílias de acolhimento através da partilha de refeições, criando uma rede de suporte informal. E, em terceiro lugar, ficou o Icon Speech, uma app gratuita que recorre a iconografia testada para, através de imagens, criar uma linguagem universal que permita quebrar barreiras de comunicação.

Distribuídas por 37 equipas, mais de 150 pessoas, com idades entre os 18 e os 55 anos, participaram na 2ª edição do Hack for Good, que teve o apoio do Alto Comissariado para as Migrações e do Techfugees. A iniciativa irá voltar a realizar-se, com a possibilidade de se estender ao resto do país, nomeadamente a Coimbra e ao Porto, anunciou a presidente da Fundação Calouste Gulbenkian Isabel Mota no encerramento da maratona digital.

 

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